Priorizar o desenvolvimento fetal no lugar da autonomia, integridade e bem estar infantil, não pode ser considerado como nada menos do que tortura autorizada pelo Estado. Leia nota da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto
fundamentalismo religioso
O SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia manifesta seu total apoio à equipe do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM) que garantiu, neste domingo (16) o direito ao aborto à menina de 10 anos, do Espírito Santo, estuprada sistematicamente durante 4 anos por um tio.
A publicação é fruto da parceria da FES com o SOS Corpo e reuniu ativistas e religiosas para debater o crescimento da onda conservadora no país, especialmente da influência do fundamentalismo religioso nas instâncias de poder político.
O artigo Laicidade e Direito ao Aborto: interseções e conexões entre o debate feminista secular e feminista religioso, escrito pela pastora Romi Bencke, explora como a luta pelo direito ao aborto deve ser feita também através da religião.
No último vídeo da série sobre o curso Caleidoscópio: Corpos Livres, Estado Laico, a filósofa e teóloga feminista Ivone Gebara traz reflexões sobre espiritualidade e sua relação com a materialidade.
A filósofa e teóloga Ivone Gebara esteve na edição de julho do curso Caleidoscópio e convidou as participantes a repensar conceitos e romper limitações simplistas para ampliar o horizonte de luta.
Sônia Mota, pastora presbiteriana e teóloga feminista da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), falou sobre os interesses geopolíticos violentos e autoritários dos fundamentalismos no processo de colonização do território brasileiro e na opressão contra as mulheres.
Vera Baroni, da Rede de Mulheres de Terreiro de Pernambuco, falou sobre os processos de resistência histórica dos povos negros e de terreiro contra o fascismo e o fundamentalismo.
Mãe Nice da Jurema, da Rede de Mulheres de Terreiro de Pernambuco, endossa a crítica ao fundamentalismo cristão e denuncia perseguição às religiões de matriz africana e indígena.
Apesar do curto tempo em que ficaram abertas as inscrições para o Caleidoscópio, mais de 80 mulheres se interessaram em aprofundar a conversa sobre religiões, feminismos e laicidade do Estado. Pensando, entretanto no público que fiou de fora e não poderia acompanhar três dias seguidos de discussões, o SOS Corpo apresenta aqui a programação aberta ao público.