#25deNovembro Dia Internacional Pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres

📌A violência contra as mulheres no Brasil é escandalosa!

Em 2016, segundo o IPEA, 4.645 mulheres foram assassinadas no país, o que representa uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. As mulheres negras são as mais afetadas. 71% dos casos de homicídio são contra mulheres negras. Em 2018, de acordo com o 13º Anuário de Segurança Pública, foram registrados 66.041 estupros, ou seja, 180 estupros por dia. A maioria das vítimas também são mulheres negras e crianças. Segundo o Ministério da Saúde (2016), a cada duas horas e meia uma mulher é vítima de estupro coletivo no país. Só em 2016 foram 3.526 casos notificados.

O relatório de apuração dos crimes contra pessoas LGBTQI do Grupo Gay da Bahia registra um assassinato desta população a cada 23 horas no país. Vivemos também no país que mais mata travestis no mundo. Em 2016, foram 127 mortes a cada 3 dias. A violência sexual também é grave contra mulheres lésbicas, segundo o instituto Gênero e Número, 6 mulheres lésbicas são estupradas por dia, em crime de estupro corretivo.

A estrutura e a cultura patriarcal precisam da violência para nos dominar e nos oprimir. A violência física, sexual, psicológica, moral e patrimonial são formas de nos amedrontar. Seu objetivo é manter a divisão sexual do trabalho, o controle dos processos reprodutivos, a superexploração do trabalho doméstico, interditar nossa participação e organização política, normatizar, disciplinar, confinar e submeter nossos corpos à dominação masculina.

🔎 Violência Contra as Mulheres: quem são os responsáveis?

O golpe de 2016 aumentou o conservadorismo moral, numa tentativa de revalidação dos valores patriarcais do homem provedor e monopolizador do espaço público, implicando num aumento dos crimes de ódio, no genocídio da população negra, na hostilidade e violência contra a população LGBTQI e no avanço e normatização da misoginia, afirmando estereótipos culturais da mulher submissa, vinculada ao lar e à reprodução, por meio de frases tais com: Meninos vestem azul e meninas vestem rosa.

O governo atual é também um dos principais responsáveis pela violência, pois acabou com os recursos destinados a construir e manter os serviços de proteção às mulheres.

Os meios de comunicação alimentam a violência, eles constroem e reproduzem discursos que fortalecem a naturalização das características de homens-machos e mulheres-fragéis.

O fundamentalismo religioso dissemina o ódio às mulheres, especialmente àquelas que defendem a autonomia, a igualdade e a liberdade.

📝 Quais as consequências da violência contra as mulheres?

A violência contra as mulheres é uma estratégia para manter e reproduzir as relações desiguais de poder e impedir a melhoria das nossas vidas. Ela dificulta nossa ascensão no trabalho, através das ameaças e assédios sutis ou declarados dos nossos concorrentes homens. Ela impede nossa participação na vida política, nos tornando candidatas-laranja, e, quando ameaçamos a supremacia patriarcal, podemos ser assassinadas, como foi o caso de Marielle Franco.

Ela destrói nossa liberdade de ir e vir. Frequentemente, mulheres são estupradas a caminho do trabalho.

Ela impede que as mulheres tenham direito à diversão e ao tempo livre.

Precisamos reverter uma cultura que mata.
Nos queremos todas vivas!

#ArticulaçãoDeMulheresBrasileiras #AMB

#25deNovembro #25N
#épelavidadasmulheres
#vigiliasfeministas
#diasmulheresvirão

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Next Post

Fórum de Mulheres de PE realiza vigília pelo fim da violência contra as mulheres

seg nov 25 , 2019
Fórum de Mulheres de Pernambuco (FMPE) realiza no dia 29 de novembro mais uma Vigília Pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Com velas, cartazes e intervenções artísticas, as mulheres sairão em cortejo pelas ruas do centro do Recife em memória às vítimas e em exigência às políticas públicas de combate a esse tipo de violência.