
📌A violência contra as mulheres no Brasil é escandalosa!
Em 2016, segundo o IPEA, 4.645 mulheres foram assassinadas no país, o que representa uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. As mulheres negras são as mais afetadas. 71% dos casos de homicídio são contra mulheres negras. Em 2018, de acordo com o 13º Anuário de Segurança Pública, foram registrados 66.041 estupros, ou seja, 180 estupros por dia. A maioria das vítimas também são mulheres negras e crianças. Segundo o Ministério da Saúde (2016), a cada duas horas e meia uma mulher é vítima de estupro coletivo no país. Só em 2016 foram 3.526 casos notificados.
O relatório de apuração dos crimes contra pessoas LGBTQI do Grupo Gay da Bahia registra um assassinato desta população a cada 23 horas no país. Vivemos também no país que mais mata travestis no mundo. Em 2016, foram 127 mortes a cada 3 dias. A violência sexual também é grave contra mulheres lésbicas, segundo o instituto Gênero e Número, 6 mulheres lésbicas são estupradas por dia, em crime de estupro corretivo.
A estrutura e a cultura patriarcal precisam da violência para nos dominar e nos oprimir. A violência física, sexual, psicológica, moral e patrimonial são formas de nos amedrontar. Seu objetivo é manter a divisão sexual do trabalho, o controle dos processos reprodutivos, a superexploração do trabalho doméstico, interditar nossa participação e organização política, normatizar, disciplinar, confinar e submeter nossos corpos à dominação masculina.
🔎 Violência Contra as Mulheres: quem são os responsáveis?
O golpe de 2016 aumentou o conservadorismo moral, numa tentativa de revalidação dos valores patriarcais do homem provedor e monopolizador do espaço público, implicando num aumento dos crimes de ódio, no genocídio da população negra, na hostilidade e violência contra a população LGBTQI e no avanço e normatização da misoginia, afirmando estereótipos culturais da mulher submissa, vinculada ao lar e à reprodução, por meio de frases tais com: Meninos vestem azul e meninas vestem rosa.
O governo atual é também um dos principais responsáveis pela violência, pois acabou com os recursos destinados a construir e manter os serviços de proteção às mulheres.
Os meios de comunicação alimentam a violência, eles constroem e reproduzem discursos que fortalecem a naturalização das características de homens-machos e mulheres-fragéis.
O fundamentalismo religioso dissemina o ódio às mulheres, especialmente àquelas que defendem a autonomia, a igualdade e a liberdade.
📝 Quais as consequências da violência contra as mulheres?
A violência contra as mulheres é uma estratégia para manter e reproduzir as relações desiguais de poder e impedir a melhoria das nossas vidas. Ela dificulta nossa ascensão no trabalho, através das ameaças e assédios sutis ou declarados dos nossos concorrentes homens. Ela impede nossa participação na vida política, nos tornando candidatas-laranja, e, quando ameaçamos a supremacia patriarcal, podemos ser assassinadas, como foi o caso de Marielle Franco.
Ela destrói nossa liberdade de ir e vir. Frequentemente, mulheres são estupradas a caminho do trabalho.
Ela impede que as mulheres tenham direito à diversão e ao tempo livre.
Precisamos reverter uma cultura que mata.
Nos queremos todas vivas!
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