Nós do SOS Corpo nos juntamos a todos os movimentos, organizações e militantes feministas para denunciar os ataques à saúde e aos direitos das mulheres e outras pessoas que gestam, implementados por esse governo de morte.

Garantir o direito universal ao aborto para todas as mulheres é uma radical proposição de avanço democrático por legitimar o direito ao aborto, na forma da lei, como possibilidade de escolha soberana das próprias mulheres. 

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Em novo ataque contra as mulheres, o governo agora quer ampliar o controle eugênico e racista de nossos corpos, violando nossa saúde sexual e reprodutiva. Através da Portaria 13/2021, SCTI – MS, o governo está implementando não apenas o controle, mas o impedimento reprodutivo de mulheres em situação de rua, o que se apresenta como promoção de práticas eugênicas, racistas e coloniais que persistem na atualidade com protagonismo do Estado brasileiro e de empresas farmacêuticas internacionais.

Uma coisa é certa: o próximo prefeito ou prefeita do Recife vai ser o responsável por gerir uma grande crise na saúde. Além dos problemas causados pela pandemia da Covid-19, há consultas, cirurgias e exames que foram adiados e as consequências disso. A saúde da mulher nesse cenário foi o tema do programa Fora da Curva, das rádios Universitária FM e Paulo Freire AM, em parceria com o projeto Adalgisas, SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia e Centro das Mulheres do Cabo.

Apenas 42 hospitais realizam procedimento legal no Brasil, enquanto há 500 mil estupros por ano. Grupos religiosos propõem punitivismo — mas solucionar violência estruturante exigirá ensino de sexualidade e igualdade de gênero nas escolas. Por CFEMEA.

Articulação Feminista Marcosur (AFM) emitiu em seu Sistema de Alertas Regionais, alerta e solidariedade internacional à resistência feminista brasileira em defesa dos direitos sexuais e direitos reprodutivos no país, sob grave ameaça fundamentalista.

O acesso das mulheres à informação e aos serviços essenciais de saúde e direitos sexuais e reprodutivos segue sendo fundamental para responder à Covid-19. Leia o artigo de Carla Batista.

Com a decisão de fechamento do serviço de referência para atendimento a mulheres vítimas de violência sexual para realização do aborto legal, é a vida das mulheres que está em jogo. São sobretudo mulheres empobrecidas, negras e periféricas que tem mais uma vez seus direitos violados.

A questão é que a “conscientização” almejada institucionalmente sobre o tema não tem como base nenhum conhecimento, mas ideologia: a velha ideologia patriarcal fundamentalista religiosa e cisheteronormativa em que mulher boa é mulher submissa.