Alguns dias antes do dia 28 de setembro, Dia Mundial de Ação pelo Aborto Legal, Oaxaca deu um passo histórico na vida das mulheres e se tornou a segunda entidade mexicana a legalizar o término voluntário da gravidez. No Equador, no entanto, a Assembléia Nacional decidiu continuar forçando meninas, adolescentes e mulheres estupradas a dar à luz.

As forças conservadoras no poder lideram a pauta antifeminista, atentando contra a vida, a liberdade e a autonomia das mulheres como parte importante de seu projeto de restauração e aprofundamento da velha ordem excludente. Esse alerta tem como objetivo desmascarar a estratégia dos conservadores.

A música é o meio pelo qual vozes silenciadas encontram vida. Realizado por Católicas pelo Direito de Decidir, o projeto musical “Ventre Laico Mente Livre” foi criado como estratégia para debater os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.

Dia 28 de setembro é o Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e no Caribe. No Brasil, o fundamentalismo e as forças conservadoras no poder têm influência direta para criminalização e na caça à autonomia das mulheres em decidir sobre suas próprias vidas.

O ano de 2018, apesar de seu cenário conservador e golpista, foi um ano de vitória no campo da legislação relativa aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Um projeto de lei que previa o retrocesso de criminalizar em qualquer circunstância as mulheres que recorrem ao aborto não conseguiu chegar ao Plenário da Câmara Federal dos Deputados por pressão feminista nas redes e nas ruas! É simbólico que, como reação a nossa força, a pastora evangélica anti-feminista Damares Alves tenha sido escolhida para assumir o Ministério da Mulher. Defendendo o Estatuto do Nascituro, bolsa-estupro e a classificação do aborto como crime hediondo e inafiançável. Este é o cenário de desafios históricos que se desenham para 2019 e, por isso, convidamos todas e todos para conversar sobre Como legalizar aborto no Brasil?