“Como a gente vai pros nossos territórios e leva a discussão de direitos sexuais e reprodutivos, aborto e sexualidade com mulheres evangélicas, de periferia e que não circulam nos mesmos espaços que nós, ativistas?”
Essa foi a pergunta que Talita Rodrigues, militante feminista da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco buscou responder ao compartilhar as experiências de atuação do Coletivo Mangueiras, em sua participação na roda de diálogo “Reflexões e ação política das mulheres na educação e nos territórios”, na edição do curso Caleidoscópio: Corpos Livres, Estado Laico, realizado em julho deste ano pelo SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia.
Formado por jovens feministas, o Coletivo Mangueiras é um coletivo nacional que se soma à luta por direitos sexuais e reprodutivos e que atua, principalmente, na educação sexual integral junto a jovens, mulheres e pessoas LGBT em diferentes lugares do Brasil. Na roda de diálogo, Talita trouxe especificamente a experiência de atuação do projeto articulado pelo Coletivo junto ao Ministério da Saúde, a ONU e movimento de mulheres que aproveitaram o contexto da epidemia de Zika em 2016 para levar informação às jovens e mulheres em duas periferias de capitais brasileiras em que as ativistas moram: em Recife, no bairro Brasilit, e em Salvador, no Alto das Pombas.
O InfoBike – Pedalando Por Direitos foi o projeto executado e tinha o objetivo de alcançar o maior número de pessoas a partir de uma linguagem mais acessível, que aliou música, descontração e muita formação política em torno das temáticas de sexualidade, sexo seguro e o uso da camisinha feminina, legalização do aborto, entre outros temas que envolvem os direitos sexuais e reprodutivos.
Assista na íntegra a fala de Talita Rodrigues sobre o projeto InfoBike: