Gira de Conversa: As dimensões e repercussões da violência e suas formas de enfrentamento pelas mulheres do campo, da floresta e das águas”, tratou sobre a invisibilidade da violência sofrida e a solidão das mulheres rurais.
Na tarde da terça-feira, 15 de agosto na Marcha das Margaridas, aconteceu a “Gira de Conversa As dimensões e repercussões da violência e suas formas de enfrentamento pelas mulheres do campo, da floresta e das águas”, tratou sobre a invisibilidade da violência sofrida e a solidão das mulheres rurais. A realização foi do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste, Fetarne e Contag e a moderação foi feita pela Articulação de Mulheres Brasileiras e pela Marcha Mundial de Mulheres.
A área rural não é contabilizada como espaço geográfico rural, mas é somada ao município, o que inviabiliza que sejam coletados os dados de violência. Sem dados de realidade, não há política pública. É como se não existissem as situações de violência vivenciadas pelas mulheres no campo.
Além disso, a configuração dos territórios rurais faz com que as mulheres não tenham instrumentos para acessar as políticas, nem mesmo a rede solidária entre as mulheres, para apoio e denúncia, ou seja, a solidão é grande.
Foi debatida também outra questão de invisibilização: o trabalho produtivo das mulheres. Ainda nos dias atuais, as mulheres que trabalham nas áreas rurais são invisíveis para o Estado, já que o sujeito das políticas voltadas para a área rural ainda é o homem. Esse fato reforça a violência da estrutura patriarcal.
Políticas de combate à violência contra mulheres rurais são urgentes e necessárias!
Pela vida de todas as mulheres!
Texto de Cris Lima da AMB/PB e fotos de Waninha Lyrio, para a Cobertura Colaborativa de Comunicação Popular da AMB na Marcha das Margaridas 2023.