Nos quase 45 anos de existência do SOS Corpo, nossa atuação feminista sempre assumiu o compromisso com a luta das trabalhadoras domésticas. Nesta entrevista, Betânia Ávila resgata sentidos, conquistas e lembranças de momentos que marcam esta parceria e celebram a vida e o legado de precursoras importantes para a história e para a luta das trabalhadoras domésticas do país
|Entrevista e texto: Fran Ribeiro e Lara Buitron | Fotos: Acervos do SOS Corpo e da Fenatrad|


O mês de abril marca um tema caro pra luta feminista: o trabalho doméstico. Questão que carrega profundas reflexões teóricas e políticas para determinadas correntes do campo do feminismo, o trabalho doméstico traz em si um sujeito político fundamental – as trabalhadoras domésticas, para pensar a luta por democracia não só no Brasil e, sobretudo, fazer a sociedade repensar a forma que nos organizamos socialmente.
Foram as elas que colocaram no centro do processo de redemocratização debates substanciais sobre a divisão social do trabalho doméstico, a herança escravocrata que impacta os direitos civis e sociais sobre esta categoria, sua relação com o mundo do trabalho, e principalmente, a importância do reconhecimento do trabalho doméstico como um trabalho que sustenta o mundo e a reprodução social. As trabalhadoras domésticas são uma importante categoria para a classe trabalhadora, foi a partir da luta por seus direitos trabalhistas que elas desnudaram e seguem desvelando as desigualdades impostas pelos sistemas capitalista, racista e patriarcal à uma categoria de trabalhadoras majoritariamente feminina e racializada.

Laudelina Campos Melo começou a tensionar estas questões lá na década de 1930, quando organizou as trabalhadoras domésticas em São Paulo e formou a primeira Associação de trabalhadoras da categoria. De lá até os tempos de hoje, 2025, muita luta e resistência foram travadas na linha da história, conquistas, avanços e retrocessos, muitos enfrentamentos diante de contextos políticos que aprofundam as desigualdades que desvalorizam e retiram os direitos da classe trabalhadora, mas onde também com muita luta, é possível respirar e garantir o mínimo para viver com dignidade. As trabalhadoras domésticas conquistaram alguns desses direitos em plena ditadura militar, no processo da Constituinte, e no governo da primeira presidenta do Brasil. Mas, o empenho continua para que essas conquistas saiam, de fato, do papel.
A relação entre o SOS Corpo e a luta das trabalhadoras domésticas começa no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, quando o Instituto ainda era Ação Mulher. Uma relação de parceria que começou a ser tecida a partir de Lenira Carvalho e Nila Cordeiro, mulheres que foram importantes lideranças das trabalhadoras domésticas aqui em Pernambuco. Na época, a Associação das Trabalhadoras Domésticas da Cidade do Recife convidou o grupo de mulheres que formava o Ação Mulher a realizar uma pesquisa, que consistia no levantamento de dados sobre a situação do trabalho doméstico na cidade.
Algo que surgiu de maneira simples, mas que foi o início de uma relação que se instalou de imediato e que faz parte da própria fundação do SOS Corpo. A questão do trabalho doméstico é um dos sentidos e um dos compromissos que constroem a ação política do Instituto que, do grupo Ação Mulher, tornou-se SOS Corpo – Grupo de Saúde da Mulher, quando nos formalizamos no início dos anos 1980 em uma organização não governamental.

Para relembrarmos um pouco dessa relação simbiótica, que foi se constituindo ao longo do tempo de existência do Instituto, passando por momentos importantes da história da luta em defesa da democracia no Brasil e pela valorização do trabalho doméstico e do sujeito político das trabalhadoras domésticas, conversamos com Betânia Ávila. No fio da memória, a socióloga e pesquisadora do SOS Corpo, autora do livro O Tempo do Trabalho das Empregadas Domésticas (2009), contou sobre o processo de luta das trabalhadoras domésticas na Constituinte, a importância delas para a consolidação dos direitos trabalhistas da classe trabalhadora que foram promulgados na Constituição de 1988, a importância e o legado de Lenira Carvalho, Nila Cordeiro e Luiza Batista para aprofundar reflexões sobre a sociedade brasileira e para a continuidade da luta das trabalhadoras domésticas do Brasil.
SOS Corpo – Betânia, como se deu a relação do SOS Corpo com a luta das trabalhadoras domésticas?
Betânia Ávila – É meio inextricável da nossa história, do começo, da formação e construção do SOS Corpo. E sempre foi uma relação política de apoio à Associação e depois de apoio ao Sindicato, mas mais do que isso, de apoio à causa. Uma relação política com aquela geração do Sindicato que se prolongou para a vida inteira delas. Era uma relação que sempre foi muito afetiva, no sentido do afeto solidário e do afeto do querer bem mesmo. Eu gosto de salientar isso porque tinha muito amor nessa relação. Entre essas trabalhadoras que formavam a Associação, que depois virou Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Pernambuco, e todas nós do SOS Corpo e das que foram chegando depois. É algo de muita profundidade nessa relação.
E tem um período que começa toda a mobilização pela Constituinte, que foi um momento muito especial de muita mobilização, as trabalhadoras domésticas organizadas
nos estados e nacionalmente, elas tiveram uma luta grande e estavam muito junto com o movimento feminista e o SOS Corpo, evidentemente, também muito ligado na luta local, no estado, e nacional, de mobilização pelos direitos delas na Assembleia Constituinte. Esse período marcou também o que era o primeiro Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, e um Conselho de muita capacidade política e que trabalhou fortemente junto com o movimento feminista e com as mulheres trabalhadoras organizadas de uma maneira geral, a gente trabalhava muito com as sindicalistas da CUT, com as trabalhadoras rurais, com as trabalhadoras domésticas. Foi um período de muito trabalho junto, muita luta, muita produção de ideias, para a construção de direitos até a consolidação da Constituição em 1988.


SOS Corpo – Qual foi a importância das trabalhadoras domésticas na Assembleia Constituinte e na luta para que os direitos trabalhistas fossem garantidos na Constituição Brasileira?
Betânia Ávila – Elas foram fundamentais para o alargamento, para a expansão da própria concepção de direitos trabalhistas. As trabalhadoras domésticas não conseguiram todos os direitos na Constituição, mas a luta na Constituinte foi um avanço, pois elas conquistaram direitos que ainda não existiam para elas, conquistas que só vão ser efetivamente consolidadas em 2015. Do ponto de vista político e social, ali também se construía uma nova perspectiva de direitos trabalhistas, porque era algo que não estava no escopo, nem mesmo da perspectiva crítica de esquerda e de luta da esquerda, o trabalho reprodutivo, o trabalho doméstico ser considerado um trabalho, de ter sujeitas desse trabalho como parte da luta da classe trabalhadora, porque esse reconhecimento da categoria como pertencente à classe trabalhadora foi uma luta imensa. E uma luta imensa da qual, por exemplo, Lenira se orgulhava e repetia o tempo todo: “As trabalhadoras domésticas fazem parte da classe trabalhadora.”
Aquele também foi um momento teórico-político e de cidadania, da relação entre direitos trabalhistas. Foi um momento não só muito lindo, mas muito forte. E eu acho que o feminismo também traz isso em outros lugares do mundo, mas eu queria ressaltar no caso do Brasil, porque aqui a luta das trabalhadoras domésticas têm um peso absolutamente fundamental na concepção do trabalho doméstico como trabalho. E foi nós todas do movimento feminista, que lutamos no passado e continuamos lutando para cada vez mais isso avançar como direito concreto, como vivência concreta, de que o direito ao trabalho doméstico remunerado é um trabalho que faz parte da luta da classe trabalhadora e o trabalho doméstico não remunerado é um trabalho que faz parte da sustentação da reprodução social, da reprodução da humanidade, da reprodução do cotidiano. E a luta das trabalhadoras domésticas foi e é fundamental no Brasil, inclusive para que isso se institua como uma concepção política, social, filosófica, sociológica e sobretudo, como uma concepção cidadã que tenha como consequência não só a conquista dos direitos, mas a vivência plena dos direitos.
Então, no caso do Brasil, é uma aliança absolutamente fundamental da luta das trabalhadoras domésticas, que é uma luta feminista, com movimento feminista mais geral. E a relação dessa aliança com a democracia está no bojo dessas questões, não só porque a luta das trabalhadoras domésticas se institui como um sujeito político da luta por democracia, no sentido mais geral, mas é também uma luta absolutamente fundamental na democratização da vida cotidiana, entendendo democracia não só como um regime político, mas como um regime político que se materializa também para ser algo absolutamente substancial na organização da vida social, na organização da vida cotidiana.
SOS Corpo – Como você resumiria a importância e a atuação de Lenira Carvalho na luta das trabalhadoras domésticas aqui em Pernambuco, mas também para a luta nacionalmente?
Betânia Ávila – Lenira foi uma mulher da luta. Lenira inclusive foi presa durante a ditadura militar, por conta da luta que ela fazia na época. Lenira era uma trabalhadora doméstica que lutava pela causa da sua categoria, mas foi sempre uma militante contra a ditadura e pela democracia. Lenira tinha na prática política dela essa dimensão muito profunda entre ação e pensamento. Porque a Lenira era uma pessoa que formulava pensamentos, que formulava as estratégias, que compreendia, observava o mundo e expressava essas reflexões. Por exemplo, foi Lenira que elaborou essa questão de que quem leva a luta de classe para o interior das famílias são as trabalhadoras domésticas. Porque as famílias podem ter outras divergências, podem ter outras brigas, mas os interesses de classe, a contradição dos interesses de classe é quando as trabalhadoras domésticas chegam nesse lugar.
Durante a Constituinte, que ela foi muito para a Brasília de avião, ela ficava dizendo: “Por que é que o trabalho doméstico dentro de um avião tem valor? E por que é que o trabalho doméstico dentro das casas não tem valor?” Quer dizer, não era trabalho doméstico, era o trabalho reprodutivo porque quando o trabalho chega dentro do avião, ele não é mais um trabalho doméstico, nem é mais considerado um trabalho reprodutivo. Ele ganha uma outra coisa que inclusive é uma abstração ali. Mas ela percebia essa coisas, ela dizia: “as aeromoças são as copeiras dos aviões, são elas que servem a comida”.
Ela observava o movimento real. Ela era uma observadora de como é que acontecia esse movimento concreto do mundo. As ideias vinham dessa prática do trabalho dela, da prática política e parte da prática da Lenira era uma observação do mundo, do mundo do trabalho. Onde se expressavam questões que faziam ela pensar sobre o trabalho doméstico. Lenira foi uma grande liderança, uma liderança com muita firmeza, com muita capacidade de trazer questões fundamentais para a luta e para a organização das trabalhadoras domésticas.

SOS Corpo – Nessa mesma época, Nila Cordeiro representou um outro pilar e referência na luta das trabalhadoras domésticas aqui no estado. Qual foi a importância de Nila na luta das domésticas?
A querida Nila foi uma grande militante. Nila teve uma importância estadual e uma importância nacional, ela também estava em todas essas movimentações nacionais, na construção dos encontros nacionais das trabalhadoras domésticas, no espaço-tempo da Constituinte e Nila era uma espécie de sustentação política e cotidiana da Associação e depois do Sindicato. Ela também estava nos espaços públicos do Recife, nas entrevistas de rádio, nos espaços nacionais das trabalhadoras domésticas, sempre muito incisiva em suas colocações.
Mas tem um fato do cotidiano de que viveu a vida pulsante do Sindicato, e que é uma lembrança que eu acho que é sempre bom contar, que são das experiências que eram agregadoras e dos bons afetos. Na época tinha um almoço no Sindicato, todo dia, que era a melhor coisa do mundo, que era ir se reunir no Sindicato e compartilhar do almoço que era feito por elas, sobretudo, por Nila. E eu acho importante dizer isso, porque era uma categoria com muitas dificuldades financeiras tanto para a luta como pessoal, porque até hoje é uma categoria que faz parte da classe trabalhadora em situação de pobreza, porque as condições de vida não são fáceis para as trabalhadoras domésticas. Mas ali tinha um compartilhamento daquele almoço, que era custeado por todo mundo.
Essa capacidade de fazer juntas e dividir com todo mundo, quem podia ajudar num dia não ajudava no outro. Era uma delícia essa hora do almoço, que elas partilhavam também com quem chegava para trabalhar com elas, para apoiar elas, para discutir com elas. Era um momento muito bacana e eu acho que essas coisas tem muita importância política e na consolidação de laços políticos e dos bons afetos. Essa prática era algo que atravessava todas elas, mas Nila era essa figura que agregava nesses momentos.

SOS Corpo – Luiza Batista foi outra figura importante na luta. Se organizou nacionalmente e chegou a ser presidenta da FENATRAD. Como você avalia a importância de uma trabalhadora doméstica construir um movimento aqui no estado e fortalecer a luta de maneira nacional?
Luiza foi uma pessoa fundamental na luta local e na luta nacional. Luiza tinha uma disposição, tinha uma capacidade de apreensão das leis, de onde estavam os lugares dos direitos, uma capacidade de diálogo e ela teve uma disposição para isso, dos diálogos com a imprensa, do diálogo com os poderes públicos. A Luiza foi uma grande fortalecedora da FENATRAD e teve também uma inserção política absolutamente relevante no campo internacional. E Luiza foi, junto a outras trabalhadoras domésticas de Pernambuco, fundamental na luta pela aprovação da PEC do Trabalho Doméstico, em 2015. E isso é interessante, pois a luta pela PEC é uma luta que continua a luta da Constituinte. E eu acho que isso é um fio que liga, por exemplo, Lenira à Luiza, Nila à Luiza e todas elas à Laudelina. Elas todas estão no fio dessa história profundamente, porque ela também se empenhou nisso e se empenhou profundamente na capacidade desses direitos se tornarem direitos. E Luiza estava nessa luta até recentemente, porque ninguém dá conta da luta do começo até o fim, porque ninguém tem a existência do tamanho que a história precisa. E Luiza foi embora precocemente.
Luiza possuía a ativação dessa luta, tanto para estabelecimento dos direitos na sua integralidade, quanto na habilidade de sensibilidade pública, governamental, parlamentar, estatal e de outros órgãos públicos, como no Ministério do Trabalho e das várias instâncias do trabalho. Sensibilização sobre a luta das trabalhadoras domésticas para o mundo e com a certeza de que para os direitos serem reais, eles tem que ser garantidos e implantados, algo que ela sempre trazia nas entrevistas que dava.

SOS Corpo – Não tem como pensar na atuação de Lenira, Nila e Luiza, sem ligar ao caminho aberto por Laudelina de Campos Melo…
Betânia Ávila – Obviamente, Laudelina é a precursora, não só da luta, mas também da concepção que a categoria das trabalhadoras domésticas é uma categoria de trabalhadoras, portanto, que o trabalho doméstico é um trabalho e que essa categoria precisa se organizar para os seus direitos. Ela está no fundamento disso, Laudelina é um ponto instituinte para essa categoria e um ponto de ruptura também, no sentido de que ela rompe com essa concepção naturalizada das trabalhadoras domésticas na casa da classe média, da classe alta, da burguesia, que é uma herança escravocrata. E eu acho que essas mulheres que lutam, essas todas que nós estamos falando, a própria a categoria, faz a ruptura com essa naturalização escravocrata da relação do trabalho remunerado doméstico e ao fazer isso, elas também rompem com essa tradição do trabalho doméstico não remunerado como um trabalho das mulheres na servidão, porque o trabalho doméstico converge dois tipos de dominação. Uma que vem do patriarcado, que as mulheres estão aí para servir, para trabalhar para os outros e que o trabalho doméstico é reprodutivo, é um atributo natural. E do outro lado, vem essa tradição escravocrata do trabalho doméstico como servidão. Servidão daquelas que são as subalternas na casa das senhoras e dos senhores.


SOS Corpo – É essa reflexão que fundamenta a publicação O Valor Social do Trabalho Doméstico, elaborado pelo Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Pernambuco, em parceria com o SOS Corpo, publicado em 1996. Você pode falar um pouco sobre ele?
Betânia Ávila – Este livro era o orgulho de Lenira, essa frase “valor social do trabalho doméstico” é de Lenira Carvalho. Aquele livro, aquele pensamento ali é o pensamento delas, que eu acho que também a gente tem que valorizar, porque a pessoa do SOS que fez, que trabalhou junto na escritura do livro com a Lenira e com outras trabalhadoras, foi Ana Paula Portella, que foi da equipe do SOS Corpo na época e que tem uma imensa capacidade de trabalhar junto, escrevendo um pensamento sobre algo tão complexo, tão importante, tão fundamental. Foi um trabalho de parceria cuja questão, cujo pensamento, a sua dimensão substancial… evidentemente que na hora que a pessoa está trabalhando junto com a outra também traz a sua própria contribuição. O livro conseguiu ser feito dessa maneira, nós fizemos algumas reuniões, nós discutimos, eu inclusive, mas tem uma consubstancia ali, um trabalho de Lenira, de Nila e de Ana Paula, do SOS no sentido do trabalho prático, de colocar ali o pensamento. É um livro político-sociológico, no sentido que ele vai lhe explicar as coisas, as relações. E ele é um livro-documento também, porque ele significa historicamente uma elaboração profunda sobre a relação de trabalho que vive uma categoria de trabalhadoras extremamente fundamental para a democracia.
Nossas publicações sobre o tema:
Como a entrevista com Betânia Ávila mostrou, o SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia tem uma relação profunda de apoio à luta das Trabalhadoras Domésticas, a história da origem do Instituto está profundamente ligada à, anteriormente, Assosciação e, mais tarde, ao Sindicato. Este apoio se deu também escrevendo, produzindo teoria feminista em colaboração com as companheiras do Sindomestica/PE e da Fenatrad. Diversos livros e artigos sobre o tema foram produzidos ao longo dos mais de 40 anos do SOS Corpo, além do já citado O Valor Social do Trabalho Doméstico (1996), são eles: Reflexões feministas sobre informalidade e trabalho doméstico (2008), Divisão Sexual do Trabalho e Trabalho Doméstico (2009), Trabalho remunerado e trabalho doméstico, uma tensão permanente (2011), Trabalho Doméstico Remunerado e Contradições Estruturantes e Emergentes nas Relações Sociais no Brasil (2020) e Trabalhadoras Domésticas: Conflitos na Luta por Direitos no Brasil (2023). Sem esquecer o também já citado também o livro de Betânia Ávila, editado pela Universidade Federal de Pernambuco, O Tempo do Trabalho das Empregadas Domésticas (2009). Todas as publicações estão disponíveis online, basta clicar nos títulos de cada uma e será possível fazer o download.
Ao longo de nossa parceria também produzimos o filme Trabalhadoras Domésticas em Luta (2019), onde contamos um pouco da história das conquistas trabalhistas através da ótica das Trabalhadoras Domésticas, uma categoria que, mesmo precarizada e discriminada, segue sustentando cotidianamente este imenso e desigual Brasil. Assista aqui:

Lenira Carvalho foi uma grande liderança das Trabalhadoras Domésticas, seu pensamento, tão importante para a organização política do sindicato. Em 2022, o SOS Corpo lançou o livro A luta que me fez crescer e outras reflexões, que reúne textos biográficos e pensamentos de Lenira sobre o trabalho doméstico, a organização da categoria e a luta pela democracia no Brasil. Junto com a Parabelo Filmes, lançamos também o documentário Digo às companheiras que aqui estão, no qual Lenira narra a sua trajetória em duas entrevistas que foram realizadas poucos meses antes do seu falecimento. Caminhos para pensar o Brasil com Lenira Carvalho é uma publicação que reúne roteiros pedagógicos que podem ser utilizados na discussão de doze temas em sala de aula ou espaços de formação política. O projeto é uma parceria entre o SOS Corpo, a Parabelo Filmes e o Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CECULT-UFRB), todo esse material está disponível para download aqui: https://www.leniracarvalho.com.br/