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Neste dia 31 de março, na Câmara de Vereadores do Recife, uma audiência pública discutiu o Direito à Memória e a Verdade. Leia aqui o artigo de Silvia Camurça, do SOS Corpo, sobre o tema. “A ideia de disputas de narrativas precisa ser destruída pela Memória e a Verdade.”

Longe de encolher devido à pandemia, a marcha dos desaparecidos durante a última ditadura no Uruguai se multiplicou em dezenas de iniciativas de bairro. Margaridas sem pétala (símbolo da organização Mães e Famílias de Detidos Desaparecidos) e pôsteres que gritavam “Presente” e perguntavam “Onde eles estão?” encheram as janelas e varandas de todas as casas.

A construção do Estado Democrático de Direito se faz com o fortalecimento da democracia e das instituições democráticas, com a garantia dos direitos humanos, com o enfrentamento das desigualdades e com a participação popular com liberdade de expressão e de organização. Inaceitável que o Presidente da República promova ações que ataquem estes pilares.

Trinta anos se passaram desde o retorno da democracia no Chile. Não é menos tempo para que os vestígios de uma das ditaduras mais violentas da humanidade ficassem para um nunca mais e se construísse uma institucionalidade pública justa e equitativa, e – sobretudo – se restaurassem os direitos fundamentais que foram privatizados.

Deputado federal e líder do governo na Câmara, em entrevista veiculada essa semana, ameaçou reeditar AI – 5 caso ocorra radicalização do campo da esquerda em protestos de rua contra o desgoverno de Jair Bolsonaro.

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Nós do coletivo SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia queremos expressar nosso repúdio veemente as terríveis declarações do Presidente da República dirigidas a Felipe Santa Cruz, atual presidente da OAB sobre o desaparecimento do seu pai, Fernando Santa Cruz, no período da Ditadura Militar.

“Todas as autoridades do País, inclusive o Senhor Presidente da República, devem obediência à Constituição Federal, que instituiu nosso país como Estado Democrático de Direito e tem entre seus fundamentos a dignidade da pessoa humana, na qual se inclui o direito ao respeito da memória dos mortos.”

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Há uma tentativa do apagamento da memória da resistência política e da leitura crítica sobre o período da ditadura militar de 1964. Resgatamos aqui a memória das militantes feministas que vivenciaram este período na própria pele.