“Esse corpo feminista indígena é um corpo que está para a luta coletiva. Para a luta do seu território, para a luta por uma saúde e uma educação específica. A luta por uma medicina tradicional. Mas é um feminismo que também acolhe os outros feminismos. Estamos numa luta contra o patriarcado e contra a mazela. Esse corpo é um corpo coletivo.”
Para fortalecer o debate de se priorizar a luta antirracista dentro do feminismo, a professora Elisa Pankararu centrou sua fala para a despatriarcalização e descolonização das perspectivas durante sua participação no curso Caleidoscópio – Corpos Livres, Estado Laico. Elisa trouxe importantes contribuições do feminismo comunitário ao espaço Drops de Saberes – reflexões e ação política das mulheres na comunicação, trabalho e direitos sexuais e reprodutivos, ocorrido no dia no último 12 de julho.
Localizando sua fala desde o seu lugar de mulher indígena da etnia Pankararu, Elisa teceu reflexões que colocaram a importância da experiência das populações indígenas, dos saberes tradicionais e das organizações matriarcais de grandes lideranças de mulheres indígenas no questionamento ao atual modelo de sociedade em que vivemos, que prioriza uma identidade e extermina e gera mazelas àquelas que não se encaixam nele.