Neste dia 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela, o SOSCorpo – Instituto Feminista para a Democracia, se soma à luta antirracista trazendo uma de suas recentes produções da Série Formação Política: Meditações Sobre Feminismos, Relações Raciais e Lutas Antirracistas, da pesquisadora e educadora do SOSCorpo, Rivane Arantes.
A publicação, lançada em 2018, guia meditações sobre os feminismos e sua fundamental importância na luta antirracista, com o aporte das contribuições de intelectuais negras que vieram antes de nós para pensar as lutas antissistêmicas. Enfatizando a articulação perversa entre racismo – patriarcado – capitalismo, que tem produzido traumas desde a colonização de nossos territórios às mulheres negras e de cor, Rivane Arantes mostra como esses sistemas de exploração produzem e reproduzem nas relações sociais e nas práticas cotidianas a desumanização e a submissão de mulheres negras por meio de processos econômicos, políticos, institucionais, sociais e culturais.
Para o enfrentamento à essa desigualdade histórica, a pesquisadora aponta que “a resistência às formas de opressão e exploração que atingem as mulheres negras é determinante, não somente para romper o ciclo de violência imposto a esses sujeitos mas ainda para transformar as vidas de todas as pessoas que, como nós, estão em situação de subjugação”.
Acesse a publicação do livro e outros da Série Formação Política aqui.
Sobre o 25 de Julho
A data do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi constiutuída como marco de luta para as mulheres negras em 1992, durante a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas, Afro-caribenhas e da Diáspora, na República Dominicana.
No Brasil, desde 2014, o 25 de Julho foi instituído pela então Presidenta Dilma Rousseff como o Dia Nacional de Tereza de Benguela, uma homenagem à líder quilombola que comandou o Quilombo de Quariterê contra a escravidão no século 18, na região do Mato Grosso do Sul.