#CúpulaDosPovos: Barqueata e abertura da Casa Feminista em Belém
Mais de cinco mil pessoas cruzaram as águas do Rio Guamá na abertura da Cúpula dos Povos; Casa Feminista da AMB acolheu mais de 60 militantes durante mobilização
O primeiro dia de Cúpula dos Povos na COP 30 foi marcado pelo ato pelas águas do Rio Guamá, abertura que aconteceu no dia 12 de novembro. Com cerca de 200 embarcações, mais de cinco mil pessoas, de movimentos sociais diversos, redes, coletivos de organização popular, organizações da sociedade civil do Brasil e de outros países do mundo, cruzaram as águas que banham a cidade de Belém com irreverência, cantos, palavras de desordem e muita luta.
A Barqueata passou por importantes pontos da cidade, como o Mercado Ver-o-Peso, a Estação das Docas, o Portal da Amazônia e o campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), local do Território da Cúpula dos Povos. A Barqueata foi um ato político e simbólico, que reverenciou o poder das águas, e essa que é um bem comum essencial na luta por justiça socioambiental e climática e que denunciou as falsas soluções negociadas por líderes dos países na COP.
As manifestações também destacaram a importância dos saberes ancestrais e práticas coletivas de povos que resistem nos territórios aos impactos das mudanças climáticas e de onde podem vir as reais soluções para a crise. Nós do SOS Corpo somamos força ao movimento feminista para demarcar: Não há justiça climática sem justiça de gênero, justiça racial e econômica!
Assista:
CASA FEMINISTA DA AMB

No final da tarde do 12 de novembro, aconteceu a ação de abertura da Casa Feminista da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB). Cerca de 60 mulheres foram acolhidas na Casa, entre militantes de diferentes agrupamentos da AMB em outras cidades do Brasil e da América Latina e de movimentos parceiros. No ato de abertura, além da chegança conduzida por militantes do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense, a Coordenação Nacional da AMB saudou todas as presentes, situou politicamente a ação da Casa Feminista como uma iniciativa articulada em parceria com organizações feministas e agências de cooperação através de fundos, o que tem fortalecido a ação de incidência feminista em Conferências como as COPs.
A Casa Feminista na COP30 foi resultado de uma articulação construídas a várias mãos. O SOS Corpo contribuiu na mediação dessas articulações, com organizações parceiras e que apostam na iniciativa feminista para tensionar os debates por justiça climática situados nas experiências e na ação política organizadas do movimento feminista nos territórios.
Logo após a abertura oficial, Rivane Arantes, da Coordenação Colegiada do SOS Corpo apresentou a campanha Feminismo Território de Vida. A campanha é uma parceria com a organização feminista paraguaia, Centro de Documentacion Y Estudios (CDE).
Após a ação da campanha, as mulheres participaram de uma roda de conversa sobre feminismo popular e artivismo na luta em defesa de corpos e territórios. Durante o debate as militantes trocaram experiências na atuação nos territórios, as potencias e os desafios na luta por justiça climática. A roda foi um momento político de fortalecimento e intercâmbio da perspectiva feminista da AMB na luta por justiça socioambiental, com justiça de gênero, racial e econômica









Textos, vídeos e fotos: Fran Ribeiro/SOS Corpo



