Entre os dias 17 e 19 de setembro, a Articulação Feminista Marcosur (AFM) promoveu uma série de atividades no Rio de Janeiro em celebração aos 25 anos de sua criação. O SOS Corpo Instituto Feminista para Democracia foi uma das organizações feministas da região e que integram a AFM que participaram das ações na capital carioca. Maria Betânia Ávila, Analba Brazão e Natália Cordeiro estiveram presentes representando o SOS Corpo.
No dia 17, ocorreu o Seminário Violências, democracias e feminismos na América Latina e Caribe, reunindo integrantes da rede para refletir sobre os contextos de retrocessos democráticos e as múltiplas formas de violência contra as mulheres. O encontro foi espaço de intercâmbio de experiências, fortalecimento de estratégias de resistência e de ampliação de alianças feministas na região. Na ocasião, foram debatidos vários aspectos das violências vividas pelas mulheres em suas diversidades e desigualdades – conceitualizações, metodologias, estratégias de resistência. O seminário também foi uma oportunidade para ampliar alianças entre as organizações e movimentos que compõem a AFM e cotidianamente fazem a luta feminista de enfrentamento à violência contra as mulheres.
Na noite do dia 17 de setembro, na Praça da Cinelândia, aconteceu a roda de conversa Diante da guerra e dos retrocessos: os feminismos latino-americanos e caribenhos aqui estamos!, que dialogou com movimentos locais sobre a conjuntura da América Latina e do Caribe e contou ainda com uma roda de samba feminista, reafirmando a luta e a festa como parte da resistência!
Já nos dias 18 e 19, a Assembleia Extraordinária da AFM reuniu representantes de 13 países para um diagnóstico político da rede, com debates sobre auto-organização, internacionalismo feminista e estratégias para enfrentar os desafios impostos pelo fundamentalismo e pela extrema direita. Para isso, realizamos uma análise de conjuntura profunda da América Latina e Caribe e debates importantes sobre nossa articulação e as formas de seguir atuando neste momento do mundo em que o internacionalismo feminista é fundamental para enfrentar o cenário que posto à luta dos movimentos sociais em diferentes países que integram a AFM.
Fotos gentilmente cedidas por Bahía Flores/AFM.