Hoje, no Dia da Consciência Negra, levantamos nossa voz para afirmar uma verdade que muitos ainda tentam negar: o racismo existe, é real, e não é mera invenção ou sensibilidade exagerada de pessoas negras. Ele se manifesta de maneira concreta e destrutiva, enraizado em nossas estruturas sociais e institucionais, perpetuando um ciclo de opressão e desigualdade. Este não é um problema distante ou abstrato, mas uma realidade vivida diariamente por milhões de pessoas negras, que enfrentam barreiras sistemáticas simplesmente por causa da cor de sua pele.
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Rivane Arantes, em seu artigo “Racismo não é ‘mimimi'”, descreve o racismo como um mal avassalador enraizado na história e na estrutura da sociedade brasileira. Ela argumenta que o racismo, originário do colonialismo, afeta desproporcionalmente as vidas das pessoas negras, alterando destinos e perpetuando desigualdades. Arantes destaca como essa realidade é frequentemente invisibilizada ou negada, especialmente sob o mito da democracia racial.
Racialização e Branquitude: Estratégias de Dominação
O artigo explora o conceito de racialização como uma estratégia de dominação, sustentando hierarquias sociais que privilegiam a branquitude e marginalizam a negritude. Ela discute a colonialidade do poder, uma extensão do colonialismo que continua a influenciar as estruturas sociais, políticas e econômicas, mantendo a supremacia branca e a desigualdade racial.
O Papel do Estado e a Necessidade de Reformas Estruturais
O artigo aborda o papel do Estado na manutenção do racismo, ressaltando que as políticas e estruturas estatais reforçam a discriminação racial e a supremacia branca, defendendo a necessidade de reformas estruturais profundas para combater o racismo, e enfatizando que mudanças individuais não são suficientes para erradicar um sistema tão enraizado.
Reconhecimento e Ação Contra o Racismo
Rivane Arantes faz um chamado poderoso para reconhecer o racismo como uma realidade estrutural e agir de forma concreta para combatê-lo. A autora enfatiza a importância da educação, da conscientização e da pressão por políticas inclusivas e de proteção social para construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Sete pontos sobre o racismo na sociedade brasileira:
- O racismo não é uma reclamação infundada, mas uma realidade devastadora.
- A sociedade brasileira é moldada por estruturas racistas profundamente enraizadas.
- O racismo atinge corpos negros com a força de um raio, muitas vezes negado sob o mito da democracia racial.
- Longe de ser uma dor passageira, o racismo é um legado colonial que continua a produzir desigualdades.
- A racialização é uma estratégia de dominação, criando hierarquias que sustentam a branquitude e marginalizam a negritude.
- A colonialidade, o braço longo do colonialismo, perpetua privilégios e constrói desigualdades sociais.
- O racismo está enraizado nas instituições e no Estado, mantendo a supremacia branca. Ele permeia todos os aspectos da sociedade, incluindo educação, trabalho, saúde e urbanismo.
- Combater o racismo exige reformas estruturais abrangentes.
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Artigo: Racismo não é “mimimi”de um “grupreto”. É um mal avassalador um país racializado e racista.
Autora: Rivane Arantes
Livro: Crítica Feminista Alargando a Democracia
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