Nesta quarta-feira, 8 de março, feministas de diferentes organizações e movimentos de Pernambuco foram às ruas no Dia Internacional de Luta das Mulheres.
Com o tema “Mulheres nas ruas: contra o racismo, feminicídio, transfeminicídio, encarceramento em massa, pela legalização do aborto. Por Democracia popular e sem anistia para golpistas!”, as mulheres se concentraram no Parque Treze de Maio e saíram em marcha em direção ao Palácio das Princesas, cortando por vias importantes do Centro de Recife.
De acordo com o Manifesto, as mulheres foram às ruas em mais um #8M para se posicionar “ frente à conjuntura nacional e local” e para “reafirmar a importância da democracia popular para enfrentar o racismo, o fascismo e o fundamentalismo religioso que traz tantas consequências perversas para as nossas vidas”.
Após anos dos governos golpistas e fascistas de Michel Temer e Bolsonaro, as organizações e movimentos feministas e de mulheres reafirmam a defesa intransigente da democracia em um contexto de reconstrução do país e “contra a anistia para golpistas e seus mentores e apoiadores”.
Pautas que defendem a ampliação de direitos que afetam diretamente a vida das mulheres também foram reivindicadas nas ruas. As pautas foram divididas em três eixos principais: trabalho e renda; direitos reprodutivos; e combate à violência contra as mulheres.
Leia aqui o Manifesto do 8 de Março Recife e RMR.
Ao final do ato, já em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo, por força da pressão do movimento feminista, a Governadora Raquel Lyra foi ao encontro do ato para ouvir a reivindicação das mulheres e para receber o Manifesto. A governadora sinalizou o diálogo com o movimento para a melhoria e implementação de políticas públicas.
“Nós entregamos o Manifesto para a governadora do estado de Pernambuco exigindo uma pauta de reivindicações e ela desceu [do Palácio] para receber esse documento por conta da força do movimento feminista e nós vamos exigir que ela responda de forma prática, de forma concreta todas as nossas reivindicações. E se ela não responder, a força do feminismo vai voltar às ruas para aumentar a pressão sobre o governo do estado”, destacou Carmen Silva, educadora do SOS Corpo.