Em todo o país, coletivos, comunidades e iniciativas dos movimentos sociais têm se organizado de forma autônoma para ajudar as populações que cotidianamente estão desassistidas pelo Estado. Para além da solidariedade assistencialista pregada pelo capital, as iniciativas unem informação e ação política para mostrar que o problema da crise é a desigualdade social provocada pelo sistema.
#lutafeminista
Não custa insistir: as responsabilidades e tarefas de cuidado com a vida devem ser coletivas. Por Carla Gisele Batista, na coluna Mulheres em Movimento.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2018, as mulheres representavam 92% do trabalho doméstico no país. Nas últimas três semanas, não foi raro ouvir falar sobre diaristas que foram dispensadas e ficaram sem renda ou empregadas domésticas que estavam a depender da consciência dos patrões para poder ficar em casa e se proteger do coronavírus.
As doenças não são entidades democráticas. Pelo contrário, elas têm incidências determinadas pela renda, pela idade, pelo gênero e pela raça. Diante da pandemia provocada pelo coronavírus (SARS2- CoV2), diversos segmentos da sociedade estão mais expostos e são identificados como grupos de risco, por conta de comorbidades específicas. A população negra, em sua diversidade, também é um dos grupos de risco.
Por três meses, mães chefes de família terão acesso a R$ 1200 para enfrentar crise do coronavírus; medida atende principalmente à população feminina negra, historicamente mais precarizada
Com a decisão de fechamento do serviço de referência para atendimento a mulheres vítimas de violência sexual para realização do aborto legal, é a vida das mulheres que está em jogo. São sobretudo mulheres empobrecidas, negras e periféricas que tem mais uma vez seus direitos violados.
As entidades de saúde coletiva e da bioética consideram intolerável e irresponsável o “discurso da morte” feito pelo Presidente da República, na noite de 24 de março, em cadeia nacional de rádio e TV.
As famílias brasileiras precisam de apoio para enfrentar o coronavírus. Não temos tempo a perder: precisamos implementar uma política de renda básica de emergência para os mais desprotegidos. ASSINE AGORA!
Judith Butler escreve sobre a pandemia do COVID-19 e suas relações com nosso imaginário político e social.
Ao constatarmos que nossas familiares que são empregadas domésticas e diaristas continuam trabalhando normalmente, salientamos a EMERGÊNCIA de atender à quarentena estipulada pelas autoridades e reivindicamos a DISPENSA REMUNERADA das empregadas domésticas e diaristas pelos empregadores para que, assim, cumpram com as exigências de precaução no combate à propagação contagiosa do COVID-19.