HISTÓRICO! A Ministra Rosa Weber votou SIM pela descriminalização do aborto! A Ministra trouxe o argumento da autodeterminação reprodutiva com central, defendeu que a vida da mulher é soberana em detrimento a vida do feto e defende que a mulher que decide abortar merece o mesmo tratamento constitucional que aquela que decide gestar.

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Como a precarização das condições de vida aumentam as injustiças reprodutivas? Como construímos uma luta conectada com a realidade das mulheres? Como articulamos a luta por justiça e autodeterminação reprodutiva? Como construímos o horizonte de justiça reprodutiva e social que acreditamos? Essas são algumas das questões que serão abordadas no curso Fontes e Veredas Feminismo e a Luta por Justiça Reprodutiva, que acontecerá nos dias 03 e 04 de outubro, das 18h30 às 21h, na sede do SOS Corpo. 

Uma menina do interior do Maranhão morreu na última segunda-feira, 23 de novembro, após a ingestão de um chá de ervas para interrupção de uma gravidez oriunda do estupro e sua mãe foi presa. Se o aborto fosse legalizado no Brasil e se os direitos humanos das mulheres fossem encarados como inalienáveis pela sociedade brasileira, por seus políticos e gestores, certamente conseguiríamos proteger a vida de tantas meninas que já se foram, assim como de muitas que ainda virão.

Integrante da rede que protegeu a garota capixaba conta: movimento feminista e médico corajoso foram cruciais para garantir o direito à interrupção da gravidez. Mas para avançar, é preciso batalha cultural contra o fundamentalismo. Escute Silvia Camurça em entrevista a Gabriela Leite, no Tibungo

Priorizar o desenvolvimento fetal no lugar da autonomia, integridade e bem estar infantil, não pode ser considerado como nada menos do que tortura autorizada pelo Estado. Leia nota da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto

Com a decisão de fechamento do serviço de referência para atendimento a mulheres vítimas de violência sexual para realização do aborto legal, é a vida das mulheres que está em jogo. São sobretudo mulheres empobrecidas, negras e periféricas que tem mais uma vez seus direitos violados.

Aproveitando o período em que no Brasil se discute a morte materna como violação dos Direitos Humanos das mulheres, a Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto incentiva coletivos e movimentos a realizarem ações locais para compor o segundo Festival Nacional pela Vida das Mulheres entre 27 de maio e 2 de junho, que acontecerá de maneira descentralizada com atividades já confirmadas no Recife, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo. Veja como participar.

O ano de 2018, apesar de seu cenário conservador e golpista, foi um ano de vitória no campo da legislação relativa aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Um projeto de lei que previa o retrocesso de criminalizar em qualquer circunstância as mulheres que recorrem ao aborto não conseguiu chegar ao Plenário da Câmara Federal dos Deputados por pressão feminista nas redes e nas ruas! É simbólico que, como reação a nossa força, a pastora evangélica anti-feminista Damares Alves tenha sido escolhida para assumir o Ministério da Mulher. Defendendo o Estatuto do Nascituro, bolsa-estupro e a classificação do aborto como crime hediondo e inafiançável. Este é o cenário de desafios históricos que se desenham para 2019 e, por isso, convidamos todas e todos para conversar sobre Como legalizar aborto no Brasil?