A pandemia deixa transparecer os danos causados pelo extrativismo nos países da América Latina. Neste tempo incerto e complexo, evidenciam-se a prepotência, o predomínio do capital sobre a vida e os efeitos da destruição das capacidades produtivas não depredadoras.
América Latina e Caribe
O Paraguai, como em outros países da América Latina, ainda está longe de ter políticas de proteção social para quem trabalha com arte e cultura – um dos setores mais afetados pela pandemia – mas também para a população em geral. O cenário se torna muito mais complicado para as mulheres de arte, cujas tarefas são agravadas pela carga de cuidados. Neste contexto de crise, todos os dias eles iniciam sua criatividade para enfrentar o duplo desafio de garantir seus meios de subsistência e continuar fazendo arte.
A representação política e seus mecanismos estão radicalmente afetados pela pandemia: alguns parlamentos da região se reúnem de forma virtual, os compromissos eleitorais do primeiro quadrimestre de 2020 são atrasados, as ações das autoridades são questionadas e há até demissões por causa da pandemia.
A principal preocupação de mulheres e dissidências não é contrair o vírus: é ter a comida diária, é saber como estão outras mulheres de seu entorno que estão longe, é poder ir ao supermercado sem serem violentadas pela polícia. Isso surgiu a partir de uma consulta realizada durante o isolamento social na Província de Córdoba, que logo foi replicada em outros territórios.
Como se vinculam a situação das mulheres, a administração dos recursos naturais e os conflitos relativos ao meio ambiente e à pandemia? Como se reconstrói depois de uma crise de dimensões planetárias? Durante a entrevista, Maite Rodríguez vai costurando, um a um, esses conceitos.
A pandemia questiona, também, a crença tão difundida da supremacia humana sobre a natureza e a aspiração de controle absoluto dela. #RevistaBRAVAS
A situação das trabalhadoras domésticas na América Latina e no Caribe foi sempre precária, vulnerável e esquecida. Entretanto, com a pandemia, seu trabalho cobrou mais relevância do que nunca nesse setor da economia que emprega uma importante proporção de mulheres na região.
A morte de Ramona Medina na Villa 31 é o pior exemplo da negligência do governo de Buenos Aires e da desproteção absoluta na qual vive quem menos tem.
El llamado de los estudiantes que incitó e inició la protesta fue “Evadir y no pagar”. Desde entonces, la ciudadanía se mantiene alerta y prendida a sus demandas, insistentes y reiteradas en los últimos años porque “no son 30 pesos, son 30 años”, decían.
Cientista política argentina busca entender o protagonismo das mulheres, nas lutas atuais contra o neoliberalismo. Suas hipóteses falam da revalorização do desejo e da percepção de que política precisa sacudir ruas, casas, fábricas e camas