Na roda de conversa “As implicações do conservadorismo, das ideias fascistas e fundamentalistas na vida das mulheres – Vivências, Existências e Resistências dos corpos políticos das mulheres”, realizada durante o curso Caleidoscópio: Corpos Livres, Estado Laico, organizado pelo SOS Corpo em julho, Sula Valongueiro contou um pouco o histórico de implementação da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto.
“A Frente é uma articulação nacional de luta contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto. É constituída por movimentos, articulações e instituições e ativistas também. Ativistas que estão dentro dessas movimentos e também ativistas que estão fora desse movimento. São sujeitos que estão na verdade estão indignadas com a situação que é imposta às mulheres, quando se deparam com a maternidade compulsória, diante de uma gravidez não planejada, não desejada. E a ideia era juntar esforços para enfrentar o descaso e punição que vem do governo, do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e fortalecer as mulheres para que elas tenham a decisão mais autônoma sobre a sua vida e a sua maternidade”, apresentou.
Sula, que é integrante do grupo Curumim, militante do Fórum de Mulheres de Pernambuco (FMPE) e da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), trouxe histórias de criminalização das mulheres pelo discurso e políticas de um estado que é patriarcal, que tem um judiciário sexista e racista, que ao invés de garantir às mulheres seu bem-estar social, atua para promover o encarceramento das mesmas, violando a autonomia sobre seus direitos sexuais e reprodutivos. Ela reforçou ainda o caráter político que a Frente tem a nível nacional na luta em por um estado verdadeiramente laico e que esteja em defesa da vida das mulheres.
Assista abaixo o vídeo completo com a fala de Sula Valongueiro.