Neste momento de tanta apreensão, é importante acender o fogo da esperança. O governo quer apagar a memória, distorcer a história e quebrar as instituições e os direitos conquistados. O corte de verbas pra educação é parte desse intento. Estudantes e trabalhadorxs da educação vão às ruas neste 15 de maio em resistência contra o corte de verbas do governo federal. Exigem educação pública, de qualidade e para todas as pessoas. Querem aprofundar as possibilidades de fomento ao pensamento crítico, à pesquisa e à extensão. Exigem o fim da escalada ao obscurantismo e o falseamento de informações. Nós, do movimento feminista, apoiamos integralmente esta greve e estaremos nas ruas somando esforços para que a faísca se alastre e ganhe multidões. Juntas vamos construir a greve geral da classe trabalhadora em 14 de junho.
O governo Bolsonaro, eleito com manipulação do eleitorado através de notícias falsas, já disse ao que veio. A política de subserviência aos EUA, a entrega das riquezas nacionais às grandes corporações, o desmonte das políticas sociais, e a geração da grande onda de desemprego e desalento não é suficiente para a sanha dessa extrema direita. Eles seguem incentivando a cultura do ódio contra todos os que são discordantes da ordem que eles defendem, promovem o assassinato de jovens negros nas periferias em nome da política de segurança, estimulam a perseguição à lésbicas, gays, pessoas trans e qualquer grupo social fora da moral que estão tentando impor ao país, e colocam em risco a frágil institucionalidade no nosso país com os indicativos de uma maior fechamento do regime ou o aprofundamento da perspectiva fascista.
RESISTÊNCIA
Apesar de tudo, seguimos na resistência. O 8 de março foi um dia de luta. Milhares de mulheres nas ruas reeditaram o grito contra Bolsonaro. Em seguida cresceu a luta contra a reforma da previdência com inúmeras manifestações. O povo brasileiro, quando informado, recusa o falso déficit, o corte de benefícios sociais e a capitalização da aposentadoria. Agora estudantes saem às ruas contra o desmonte da educação pública. Hoje, sairemos todxs. As ruas serão nossas. Em 15 de maio ganha força uma grande jornada de luta contra a derrocada do Brasil, contra o fascismo e em defesa dos direitos e da democracia. Em 14 de junho pararemos o Brasil com a greve geral. Nós mulheres marcaremos presença!