Resistência, substantivo feminino. Ato ou efeito de resistir. Sinônimo para todo o movimento feminista. E, assim, também não poderia deixar de ser para a Marcha das Vadias Recife, que pulsa, vibra, agita e perturba a ordem social imposta. No seu oitavo ano, é organizada pela Coletiva das Vadias, grupo autônomo, horizontal, antirracista, antissexista, antiproibicionista e anticapitalista. Convidamos todas as mulheres para ocuparem as ruas na Marcha das Vadias 2018, fortalecermos umas às outras é construir novas bases de resistência!
#MarchaDasVadiasRecife2018
QUANDO: Sábado – 26 de maio de 2018
CONCENTRAÇÃO: Coreto da Praça do Derby – RECIFE
HORA: À partir das 13hs
POR QUE MARCHAMOS?
A Marcha das Vadias carrega em sua identidade aspectos de um protesto organizado por mulheres que lutam pelo fim da cultura do estupro. Diante da multiplicidade das pautas feministas, a Marcha das Vadias Recife foi ao longo dos anos se reinventando, agregando e crescendo politicamente. Marchamos também pela legalização do aborto, contra o racismo, pelo desencarceramento das mulheres e nova política de drogas, em defesa da identidade de gênero e orientação sexual, pelo fim da violência contra mulher. Este ano marchamos especialmente “Por Maria Aparecida, Remís, Marielle Franco e por todas as outras”, nossa luta é por nenhuma a menos, viva nos queremos!
POR QUE VADIA?
A concepção das marchas e a permanência do termo vadia para denominá-las, ao longo desses oito anos, foi parte de um processo de re-apropriação cultural, social e política do termo, bem como a construção dos atos enquanto espaço de irreverência e seios à mostra como enfrentamento político e estratégia de resistência. Vadia é uma forma secular de xigamento, humilhação e violência perpetuado sobre os corpos das mulheres. Vadia, puta, mulher que não merece respeito, corpo que pode ser violado, maltratado, morto. Essa foi, desde o princípio, a proposta: se apropriar de uma nomeação violenta imposta pela sociedade para nos deslegitimar e ressignificar, afirmar que, se ser vadia é não se enquadrar nos papéis sociais, sim, somos vadias e a sociedade vai ter que nos respeitar.