Roda de Diálogo com agências de cooperação
Nos dias 25, 26 e 27 de outubro aconteceu em São Paulo a Roda de Diálogo do PAD, com parceiros de todo país e agências de cooperação. Esse evento acontece de dois em dois anos e é onde é avaliado o trabalho realizado no período anterior e planejado o trabalho para o próximo período.
A importância do diálogo com a cooperação internacional neste cenário de retrocessos é importantíssimo. E seguimos articuladamente provendo ações conjuntas de incidência nacional e internacional, avançarmos com o debate sobre sustentabilidade das organizações em diálogo com a cooperação internacional.
Na Roda foi apresentado um vídeo com as principais ações:
Mesa Redonda Brasil – Kobra
Nenhum Direito a Menos! Direitos Humanos: um campo de batalha.
O Pad participou na mesa redonda em Hofgeismar — Alemanha de 10 a 12 de novembro. Também foram convidadas: CNM/CUT, SOS Corpo, Pastoral Carcerária,
O convite desta edição da Mesa Redonda Brasil chamou atenção para a violação dos direitos humanos no Brasil, considerando as decisões do governo brasileiro que implicam em retirada de direitos e conseqüentemente aumenta a criminalização das lutas sociais no Brasil,bem como o papel do movimentos sociais e que perspectivas tem com relação a cooperação internacional.
O PAD participou junto com o SOS Corpo, a CNM/CUT e Pastoral Carcerária do debate: Lições em tempos de crise e perspectivas para 2018, cuja centralidade foi apontar aprendizados e que medidas percebe-se possíveis mudanças na cultura política organizativa das organizações sociais, por exemplo como estabelecer o diálogo com os setores sociais que defendem o golpe e posturas machistas, fundamentalistas, xenofobia, racistas e etc, há diálogos?
Que pontes podem ser construídas?
A representação do PAD apontou algumas questões como:
A fragilidade institucional e o comprometimento da democracia e dos DH no cenário pós-golpe. Havia sinais de que o golpe ocorreria? Não podemos afirmar com certeza, porém as jornadas de junho demonstraram muitos descontentamentos com a cultura política. Lições apreendidas?
- Reconhecer que o rompimento democrático é parte de um ciclo histórico da luta de classes — elites brasileiras x ascensão da democracia e a garantia de direitos.
- Que o estado é permanente disputa e que a sociedade civil é parte desta ainda que esteja sob o governo constituído pelo voto popular e democrático.
- Que a sociedade civil e sua forma de política organizativa esta em constante mudança com o surgimento de novos atores sociais que podem agir coletivamente ou individualmente.
- As mídias sociais e sua capacidade mobilizadora e formadora de opinião.
- A capacidade das organizações de revisitarem suas estratégias de atuação.
– Perspectivas?
Um cenário sócio político mais adverso — conservador, fundamentalista, violador de direitos e com estado democrático de direito minimalista
Sociedade civil brasileira com posicionamentos políticos em disputa de maneira cristalizada.
Organizações do campo democrático popular revendo suas estratégias e
Há um deslocamento estratégico:
Radicalidade de posicionamento na defesa dos direitos humanos e da democracia;
Investir no trabalho em rede, promover ações coletivamente;
O lugar da incidência pública, priorizando o local e o internacional;
Investimento na comunicação: novos formatos e novas ferramentas, reposicionando o comunicar para quem, para que e o como;
Um novo sentido da solidariedade internacional
Ex: Missão Ecumênica Guarany Kaiowá, Missão Ecumênica de Pau D´Água (parceria da CPT, com organizações do FEACT e PAD)
Direitos Humanos, Desigualdades, Retrocessos e Cooperação Internacional no Contexto da América Latina e Brasil
Frente aos retrocessos do Governo Temer e à conjuntura política que o Brasil enfrenta, o Pad organizou em São Paulo uma Roda de Diálogo com parceiros na Matilha Cultural.
Convidados:
Marilene de Paula — Coord de Programas e Projetos de Direitos Humanos da Fundação Heinrich Böll no Brasil
Mara Manzoni Luz — Diretora da Christian Aid para a América Latina e Caribe.
Gilberto Cervins — Da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Moderadora — Letícia Tura — Diretora Executiva Nacional — ONG FASE
Encontro Nacional do MAB
Nos primeiros dias de outubro o Movimento dos Atingidos por Barragens
realizaram o maior encontro da sua história
Mais de três mil e quinhentos atingidos e atingidas por barragens de todo o Brasil afirmam necessidade da luta pela soberania nacional, pelo projeto energético popular e pelos direitos dos atingidos.
Mais de 3.500 atingidos e atingidas organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), centenas de trabalhadores e trabalhadoras e militantes de organizações de 19 países celebraram a vida, a solidariedade na luta dos povos e refletiram sobre os desafios do próximo período.
Atingidos e atingidas são vítimas de um modelo energético injusto, em que a energia é uma mercadoria de grande disputa mundial. Esse modelo, que coloca a lógica do lucro acima da vida, viola direitos e explora todo o povo.
O Encontro Nacional do MAB afirma a importância da construção de um Projeto Energético com soberania, distribuição da riqueza e controle popular.
Os cinco dias de discussão e reflexão apontaram como principal desafio a construção da unidade da classe trabalhadora para derrotar o golpe e lutar pela soberania nacional. A necessidade de retomada da democracia é urgente, pois somente com a participação plena do povo brasileiro é possível decidir o futuro do país.
Acompanhe a cobertura do Encontro no vídeo produzido pela comunicação do MAB:
Encontro de Parceiros de Pão Para o Mundo
Realizado no RJ, entre os dias 30/10 e 01/11 de 2017, o encontro de PPM propiciou debates sobre o contexto brasileiro e o papel de PPM considerando-se o potencial e os desafios apontados por organizações parceiros, visando contribuir com a elaboração de estratégia de PPM para o período de 2018/2022.
Um dos principais desafios foi apontado como a urgência da promoção da comunicação e o diálogo com a sociedade, considerando a disputa de narrativa que se impõem no cotidiano das lutas sociais , assim como a importância do apoio á sustentabilidade das organizações, tendo em vista o cenário de desmonte das política públicas, inclusive as de acesso a fundos públicos.
Missão Ecumênica Pau d’Arco
A Missão Ecumênica Pau d´Arco realizou, entre os dias 08 e 10 de novembro, incursões ao Sudeste paraense, em solidariedade aos massacres e desapropriações de terra que vêm ganhando força na região devido aos conflitos fundiários. A ação contou com realização do Fórum Ecumênico Brasil (FeBrasil), Processo de Articulação e Diálogo Internacional (PAD), organização do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, Diocese de Marabá, Conceição do Araguaia e Xinguara, e apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e das agências internacionais Misereor, Brot für die Welt, Christian Aid, Heks Eper e Fundação Ford.
Boletim do Pad- Articulação e Diálogo Internacional
Por: Kátia Visentainer — Comunicação
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