Hoje, 17 de janeiro, dia que inicia o Fórum Social das Resistências, em Porto Alegre, somos assombradas/os pela prisão arbitrária de Guillerme Boulos, dirigente do MTST.
A polícia de São Paulo comandada pelo governo Alckmin comete mais um crime contra a democracia e as lutas por direitos. Há cinco anos, esse mesmo governo usou de repressão policial, numa manhã de domingo, sem aviso prévio, para brutalmente afrontar o direito de moradia de mais de cinco mil moradores do bairro Pinheirinho, que foram arrancadas/os de suas casas com a roupa do corpo e sendo alvejados com bombas de gás e balas de borracha, enviadas por mais de dois mil policiais.
A prisão de Boulos na data de hoje, quando os movimentos sociais fazem o ato de abertura de um Fórum convocado pela Democracia e Direitos dos Povos e do Planeta, é essencialmente política: tem por objetivo criminalizar lideranças de movimentos sociais como forma de enfraquecê-las e, ao mesmo tempo, demonstrar publicamente a disposição do governo Alckmin de seguir com a escalada regressiva de direitos que nos vem sendo imposta pela força do golpe impetrado pelo ilegítimo Temer, que em São Paulo mostrou-se hoje pela força bruta da prisão e, em todo o país, pela repressão às inúmeras manifestações dos movimentos sociais contra o atual governo golpista.
A repressão às lutas é prática da classe dominante mas agrava-se em certos contextos, e cresce a disposição dos governos para a repressão em vez do diálogo e negociação desde a aprovação da lei anti-terrorismo (2015).
Lutar não é crime. Repressão é crime contra a liberdade.
Todo o nosso repúdio à repressão.
Pelo fim do Estado de exceção instalado no país com o Golpe do Impeachment!
Pela articulação das lutas sociais!
2017, resistir!
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