Por Ludimilla Carvalho
Nesta terça-feira (15), em Brasília, a agenda de atividades da Cúpula da Sociedade Civil – encontro das articulações e redes dos movimentos sociais que ocorre paralelo à VI Cúpula dos Brics – entra no seu segundo dia. As ações que tiveram início ontem (com a abertura do Encontro da Sociedade Civil BRICS, e a Marcha das Vadias contra o modelo de desenvolvimento dos Brics e pela liberdade das mulheres) tem como objetivo discutir de forma crítica a atuação dos Brics.
Brics é a sigla que representa o grupo de países emergentes, formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
No Recife, o Fórum de Mulheres de Pernambuco, um dos movimentos que participam do evento, realizou encontros de formação com suas militantes, mulheres de diferentes grupos ligados à entidade, para fomentar a crítica feminista.
Movimentos locais dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, também vinculados à Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), realizaram atividades neste mesmo sentido. Os três estados organizaram uma caravana com 43 mulheres, que partiu do Recife no domingo (13) em direção à Fortaleza, onde acontecem as ações.
Para hoje está prevista a realização do I Fórum de Mulheres dos Países Brics, que permitirá a troca de experiências e a discussão sobre a realidade das mulheres desses países. O fórum é organizado pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB). A programação inclui um painel sobre o modelo de desenvolvimento dos Brics e sua relação com a política no plano internacional, seguido de debate, e de formação de grupos de trabalhos com temas diversos como políticas públicas, direitos sexuais e reprodutivos, direitos das mulheres, pobreza e desigualdade, entre outros.
Ainda nesta terça-feira, acontece o seminário “Desigualdades socioambientais – desafios para os BRICS”, organizado pela Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP), que vai abordar exatamente a difícil tarefa de equilibrar crescimento econômico, sustentabilidade e redução da desigualdade social.
A VI Cúpula dos Brics termina na quarta-feira (16) em Brasília, onde acontece uma reunião entre líderes dos países que fazem parte do grupo e de países latino-americanos.