Última ACF do ano celebra o Feminismo como Território de Festa!

Para encerrar 2025 com o espírito de celebração e com o esperançar na construção de futuros, o SOS Corpo realiza no próximo 17 de dezembro, às 19h, a última edição da Ação Cultural Feminista com lançamentos e muito samba!

Fran Ribeiro

Para encerrar o ano de 2025 com o espírito de celebração e com o esperançar na construção de futuros, o SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia realiza no próximo 17 de dezembro, às 19h, a última edição da Ação Cultural Feminista com o tema: Feminismo Território de Festa!

O tema é inspirado na campanha Feminismo Território de Vida, iniciativa binacional do SOS Corpo e em parceria com o Centro de Documentación y Estudios (CDE), que convoca-nos a reconhecer o orgulho, o prazer e o valor de sermos feministas, afirmando o feminismo como o território material e simbólico onde as mulheres podem ser o que são e o que desejam ser. 

Assim como a campanha, esta Ação Cultural Feminista celebra o feminismo como um espaço de criação, de transformações e de futuros, um território vivo que sustenta lutas, memórias, sonhos e festa. Um território onde se cultivam afetos, diálogos, coletividade e a força da presença. 

Lançamento de publicações e novo site no ar!

Desde outubro deste ano o website do Instituto está no ar com novo layout. Após anos de muita conversa interna, planejamento e execução, o resultado é de uma plataforma com melhor navegabilidade e a possibilidade de uma pesquisa mais objetiva sobre o acervo de publicações diversas e vídeos digitalizados e disponíveis na internet. São publicações que lançamos ao mundo nas décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010 e que agora estão disponíveis para pesquisa online. 

A ACF vai marcar também o lançamento de três publicações, o livro Trânsitos Musicais e Comunicação Popular: Perspectivas Feministas, de autoria da educadora e comunicadora do SOS Corpo, Fran Ribeiro; o livreto Pensando Juntas sobre Comunicação Popular Feminista, uma sistematização e construção coletiva com a contribuição de militantes feministas do Brasil e do Paraguai, que participaram em 2023 do curso Caleidoscópio Por que Fazer Comunicação Popular Feminista?; além da Leitura Crítica Gravidez forçada é tortura: a luta feminista contra gravidez infantil e a situação em Pernambuco, da também educadora e comunicadora do Instituto, Lara Buitron. 

Ainda no rol de novidades que colocamos no mundo em 2025, faremos a exibição pública do filme No fio da memória: a luta feminista pela vida das mulheres, lançado no final de outubro e que está disponível para visualização no canal no youtube do SOS Corpo. Escrito e dirigido por Natália Cordeiro, roteirizado por Maria Cardoso, com montagem e animação de Odara Valença, sonorização de Priscila Nascimento, e com direção, pesquisa e produção de Fran Ribeiro, o filme é um vídeo pedagógico que busca resgatar o histórico da implementação das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres como fruto dos processos de luta dos movimentos feministas, usando imagens de arquivo e animação para dialogar sobre o as conquistas e retrocessos da luta feminista pelo fim da violência de gênero. 

Outros materiais que foram lançados ao longo deste ano pelo Instituto estarão disponíveis para quem ainda não adquiriu o seu, a exemplo do livro Aborto: perspectivas que se entrelaçam, lançado no mês de setembro, organizado por Talita Rodrigues e com artigos de Natália Cordeiro, Rivane Arantes, Verônica Ferreira e da própria Talita Rodrigues. 

Com mediação de Natália Cordeiro, as comunicadoras do SOS Corpo, Fran Ribeiro e Lara Buitron vão participar de uma debate aberto ao público, onde vão apresentar os materiais e vamos dá uma passeada pelo site!

É samba que elas querem e nada mais!

Como já virou tradição, nossa festa de fim de ano vai ter mais uma vez o mais democrático dos gêneros, o samba! Para garantir um repertório representativo e de luta, convocamos Amanda Gânimo, compositora, cantora e percussionista. A artista negra pernambucana, que bebe da fonte da música popular brasileira para incorporar o samba de forma destacada em suas apresentações, utilizando-o como uma expressão de resistência dentro da cultura afro-brasileira. Suas músicas estão disponíveis em diversas plataformas de streaming, aproveita e pesquisa mais sobre ela!

Sobre as publicações

O livro Trânsitos Musicais e Comunicação Popular: Perspectivas Feministas, apresenta a pesquisa de mestrado de Fran Ribeiro, no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Gênero, Mulheres e Feminismo, da Universidade Federal da Bahia. A autora investigou como a música,  especialmente os gêneros musicais samba de roda e o rap, se tornou uma linguagem de comunicação popular e ferramenta de resistência nas trajetórias de vida de mulheres negras da cidade de Cachoeira, no Recôncavo (BA). 

A partir de um método etnográfico e de referenciais do feminismo negro e da etnomusicologia, o estudo evidencia o protagonismo de Dona Dalva, Dona Mariinha e MC Jayne, mostrando como suas práticas musicais produzem diálogo, identidade, memória e ação política. A obra revela a música como processo comunicativo contra-hegemônico, capaz de fortalecer comunidades, afirmar ancestralidades e ampliar as possibilidades de autonomia e expressão das mulheres negras.

Já o livreto Pensando Juntas sobre Comunicação Popular Feminista é uma produção coletiva que reúne reflexões, análises e criações produzidas por comunicadoras populares participantes do primeiro curso dedicado ao tema, realizado pelo SOS Corpo em 2023. O livreto apresenta debates fundamentais sobre o papel da comunicação na luta feminista, articulando experiências de movimentos sociais, educomunicação, artivismo, enfrentamento à desinformação e os desafios das plataformas digitais num contexto de expansão do poder das Big Techs aliadas a políticos da extrema-direita.

Com textos, notas, poemas e relatos, a obra afirma a comunicação popular feminista antirracista como prática política transformadora, capaz de afetar, formar, mobilizar e fortalecer a ação coletiva das mulheres em seus territórios. Editado e organizado por Fran Ribeiro, revisado por Cristina Lima, o livreto conta com contribuições de Natália Cordeiro, Pétalla Menezes, Cristiana Cavalcanti, Sofía Masi Verón, Stefanny Silva, Thayz Athayde, Lara Buitron e Fran Ribeiro, além das ilustrações de Luiza Morgado e MaJu. 

A Leitura Crítica Gravidez forçada é tortura: a luta feminista contra gravidez infantil e a situação em Pernambuco, de autoria da educadora e comunicadora SOS Corpo, Lara Buitron, expõe a gravidade da gravidez infantil no Brasil, destacando como meninas, sobretudo negras e pobres, seguem desprotegidas diante da violência sexual e da negação do aborto legal. Com dados e casos recentes, a Leitura Crítica revela a revitimização institucional, o impacto do fundamentalismo religioso e a baixa efetivação dos serviços em Pernambuco. A análise reafirma: obrigar meninas a levar adiante uma gestação fruto de estupro é uma violação de direitos humanos que exige resposta urgente do Estado.

Gostou da programação? Pois venha simbora celebrar conosco o presente e vibrar por futuros feministas! 

SERVIÇO


Ação Cultural Feminista: Feminismo Território de Festa!
Dia 17 de novembro 2025
19h – Rua Real da Torre, nº593 – Madalena/Recife.

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