Estranho quando um Congresso oligarca é encarado com indiferença e políticas sociais motivam a ira de muitos

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DNA,  laços de sangue, filhotismo, seja lá o termo ou expressão que se queira usar para nominar a prática que confirma a onipresença das “famílias” na política nacional, em especial nas casas legislativas do país.

O tema, que merece reflexão crítica, é ignorado bos debates. O combate às desigualdades sociais – caminho para que a ditadura das elites enfraqueça e abra espaço para que a sociedade seja melhor representada – incomoda e indigna muito mais.

A seguir, veja o que diz matéria do Diario:

As oligarquias políticas continuam dando as cartas no Congresso Nacional. E na próxima legislatura elas estarão mais fortes ainda, principalmente na Câmara dos Deputados.

Levantamento feito pela organização não governamental Transparência Brasil revela que quase a metade dos deputados que serão empossados em fevereiro tem parentes políticos.

Segundo o estudo, 49% são netos, filhos, irmãos, sobrinhos ou casados com quem exerce ou já exerceu algum cargo eletivo. O percentual de parlamentares parentes de políticos ultrapassa o índice de renovação do Congresso, que foi de 43,5%, a maior desde 1998.

No Senado, dos 81 parlamentares, 60%, ou seja, 49 senadores, também pertencem a tradicionais clãs da política.

Dois deles são mineiros: Aécio Neves (PSD), neto do ex-presidente Tancredo Neves, e Zezé Perrella (SD), filho do ex-prefeito de São Gonçalo do Pará (MG), José Henriques Costa, e pai do deputado estadual Gustavo Perrella (SD).

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Ao todo, de acordo com o levantamento, dos 513 deputados que tomarão posse, 249 pertencem a clãs políticos. Esse número é 5% maior do que o de parentes eleitos em 2010.

Desse total, 25 são mineiros. Entre os parlamentares com até 35 anos, a relação de parentesco é ainda maior: 85% dos deputados até essa faixa etária são herdeiros políticos.

Caso por exemplo, em Minas Gerais, do deputado federal eleito Caio Nárcio (PSDB), 28 anos, filho do atual deputado federal Nárcio Rodrigues (PSDB), que não disputou a reeleição e cedeu sua vaga para o herdeiro.

O parlamentar federal mais novo da Câmara, Uldurico Júnior (PTC-BA), 22 anos, também têm políticos na família. Estudante de agronomia, ele é filho do ex-deputado federal Uldurico Pinto, e seu avô materno também ocupou uma cadeira na Câmara.

O percentual de deputados federais com parentes também é alto entre as mulheres eleitas. Das 51 deputadas que tomarão posse em fevereiro, 55% têm algum tipo de relacionamento familiar com quem exerce ou já exerceu cargos eletivos.

Em Minas, Brunielle Ferreira da Silva, 25 anos, conhecida como Brunny (PTC), é casada com o deputado estadual e empresário Hélio Gomes (PSD), que não se reelegeu, mas garantiu a vaga da mulher.

A única governadora eleita, Suely Campos (PP-RR), também é casada com um político.

Ela é mulher do ex-deputado federal Neudo Campos e assumiu a vaga dele de candidato ao governo de Roraima depois da impugnação do seu registro com base na Lei da Ficha Limpa.

Todas as sete vice-governadoras eleitas também nesse pleito têm parentes políticos. Cláudia Lelis (PMDB-TO) é casada com o deputado estadual Marcelo Lelis (PV-TO) e também substitui o marido depois que ele desistiu de concorrer devido à impugnação de sua candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder econômico nas eleições de 2012.

foto: senado.gov.br

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As relações de parentesco são maiores nos eleitos pelas regiões Nordeste (63%) e Norte (52%). No Rio Grande do Norte, onde a renovação chegou a 75%, todos os oito deputados federais da bancada têm parentes políticos.

Na Paraíba, esse percentual é de 92% e no Piauí, 80%. O relatório completo com a relação de todos os eleitos e seus parentes pode ser acessado na internet no endereço www.excelencias.org.br, link Estudos e Relatórios.

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