O SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia ferveu ao som do samba de Dulcinea Xavier e Maria Pagodinho, esperançando o ano que vem por aí.
|Texto: Lara Buitron| Revisão: Fran Ribeiro| Fotos: Lara Buitron|
Na última sexta-feira (13 de dezembro), o SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia abriu suas portas para celebrar e confraternizar nesse fim de ano, com samba feminista com Dulcinea Xavier e Maria Pagodinho, Feira das Mulheres Pretas e livro novo. Além das atrações, tivemos uma exposição surpresa, imprimimos algumas artes das atividades que fizemos e lembretes dos processos pelos quais passamos durante o ano, juntamos à exposição de memória permanente na entrada do Instituto, afinal entendemos que para olhar para o futuro é preciso enxergar o passado.
A noite começou com o lançamento da versão física do livro “Crítica Feminista Radicalizando a Democracia”, organizado por Natália Cordeiro e com artigos de Carmen Silva, Maria Betânia Ávila, Mércia Alves, Rivane Arantes e da própria organizadora. As reflexões compiladas na publicação refletem o pensamento crítico feminista sobre democracia e os direitos políticos das mulheres, entendendo que os aspectos sociais e econômicos que influenciam a vida cotidiana são também políticos e determinam a vida das mulheres, sobretudo das empobrecidas, negras, indígenas e LBTs. Por enquanto só quem foi para a Ação Cultural Feminista conseguiu um exemplar, mas a partir de fevereiro de 2025 sua versão online estará disponível para download pelo nosso site. Já a versão física estará disponível nas atividades do SOS Corpo durante o ano que vem.
Logo após o lançamento, dando seguimento à festa, o palco do SOS Corpo recebeu uma de suas co-fundadoras para um show mais que especial: Dulcinea Xavier. A cantora apresentou o show “O Recado da Tradição”, com samba e afoxé, abrindo com muito axé a noite. A apresentação é uma parceria entre Dulcinea e Jorge Martins, da banda Cascabulho. A emocionante performance também contou com a participação especial de Felipe Xavier, filho da cantora, que foi discípulo de Naná Vasconcelos no Conservatório Pernambucano de Música.
E quem embalou o resto da noite foi o ícone do pagode recifense, Maria Pagodinho. Com seu repertório clássico, que foi de Alcione a Chico Buarque, passando por Adoniram Barbosa e Jorge Aragão. A cantora principal do Pagode do Didi emocionou os presentes e chamou todo mundo para cantar junto dela. Maria Pagodinho convidou as outras cantoras presentes no evento, momento em que Dulcinea Xavier deu um bis para a plateia com um clássico Carimbó paraense.
O SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia fechou o ano com vontade de impedir mesmo o fim do mundo, esperando que em 2025 as nossas portas estejam sempre abertas para a construção coletiva, porque só a luta muda a vida!