Grupo da Agenda de Incidência internacional na Europa foi composta pelo Processo de Articulação e Diálogo — PAD, junto com a Articulação de Monitoramento de Direitos Humanos, o Movimento Nacional de Direitos Humanos e o Fórum Ecumênico ACT Brasil
Em setembro de 2024, um grupo de organizações da sociedade civil Brasileira cumpriu agenda de incidência internacional em países da Europa, com o objetivo de construir pontes de diálogos com organizações internacionais e com o parlamento europeu. A estratégia era reforçar alianças políticas no campo internacional dos direitos humanos e articulou a força política de diferentes grupos que são impactados em seus territórios no Brasil, por diferentes formas de violações de direitos.
Como organização que integra o PAD, através da representação da educadora e pesquisadora Mércia Alves, o SOS Corpo integrou o grupo, que contou também com representantes de territórios tradicionais e indígenas que têm sido impactados pelo modelo predatório de desenvolvimento. Na interlocução com organizações e com o parlamento europeu, foram apresentadas denúncias que comprovam situações de violação de direitos humanos no Brasil.
“A ação coletiva de incidência internacional no campo da defesa dos direitos humanos é uma estratégia fundamental para articular diferentes sujeitos políticos no Brasil, sobretudo representantes de populações tradicionais, povos originários, urbanas e rurais, que sofrem diretamente os impactos de um modelo predatório de desenvolvimento que é gerador de desapossamentos de modos de vida, de adoecimentos, desarticulações e desesperanças diante de um contexto local que avaliza atuação de empresas, nacionais e estrangeiras, que são promotoras de destruição ambiental”, declarou Mércia Alves em publicação do PAD.
Na Alemanha a delegação brasileira cumpriu agenda de reuniões no Ministério de Exteriores e com a divisão de Direitos Humanos da Embaixada do país, e estiveram ainda na sede de Pão Para o Mundo. Em Genebra, na Suíça, o grupo promoveu o evento paralelo “Impactos das mudanças climáticas e do modelo de desenvolvimento sobre comunidades, povos e territórios no Brasil”, referente à 57ª sessão do Conselho de Direitos Humanos. Também na Suíça, se reuniram com organismos ecumênicos e com a assessoria de relatores da Organização das Nações Unidas (ONU). Em todos esses momentos de interlocução foram apresentadas denúncias de violação de direitos humanos em territórios impactados por indústrias extrativistas, latifúndios e pela depredação do meio ambiente.