Organizações e movimentos populares realizam marcha durante o G20

O ato no dia 16 de novembro conta com o apoio de várias organizações da sociedade civil e movimentos populares

No dia 16 de novembro, sábado, organizações civis e os movimentos populares nacionais e internacionais promovem a Marcha “Palestina Livre do Rio ao Mar. Fora Imperialismo!”. A marcha tem o objetivo de alertar autoridades e sociedade sobre a situação que o Estado Palestino vive atualmente, e a concentração será realizada às 08h, no Posto 6, com caminhada até o Posto 3,em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Para Sandra Quintela, economista, educadora popular e integrante da operativa nacional da Cúpula dos Povos, é o momento de colocar o Estado Palestino no centro das discussões, aproveitando a visibilidade do encontro.

“Os olhos do mundo estarão no Rio nesse período. Precisamos estar nas ruas para mostrar nossas lutas, resistências, alegria e indignação. O G20 é uma espécie de clube dos ricos do século XXI, enquanto aumenta a pobreza, fome e guerras. Seremos milhares defendendo a resistência do povo palestino e a luta dos povos, exigindo reparação”, pontua a liderança.

A projeção da organização é que a marcha seja a maior dos últimos tempos em favor da Palestina e contra o imperialismo. Quintela, que também é membro da coordenação da Rede Jubileu Sul Brasil, reforça a importância do ato, das organizações envolvidas, inclusive para dar apoio ao Haiti e Cuba, que sofrem com embargos internacionais.

“Esse será o maior movimento em prol da Palestina, e todas as organizações que assinaram o documento e todos esses entes precisam ser visibilizados para mostrar o peso político da Cúpula dos Povos Frente ao G20”, completa.

Para José Antônio Moroni, membro do Colegiado de Gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), o ato é um espaço para mostrar às grandes nações o poder dos movimentos de base e também para denunciar o genocídio cometido contra o povo palestino.

“A marcha contra o G20 é para dizer em alto e bom som que esta arquitetura do poder internacional não serve aos povos. Que precisamos construir outras relações entre as nações e os povos, baseadas na solidariedade, na busca da igualdade e da liberdade e no direito à autodeterminação dos povos. Associado a isso, o fim de todas as guerras existentes no mundo”, argumenta.

Segundo Gorete Gama, da Central de Movimentos Populares (CMP), a Marcha dos povos é a concretude e síntese dos processos das lutas populares que historicamente reivindicam outra forma de sociabilidade na Terra, onde a dignidade humana seja o centro de toda reprodução material e social.

“Uma sociabilidade, onde a relação do ser social com a natureza seja emancipatória. É a Marcha das juventudes e da juventude negra, que reivindica o direito de não ser alvo do racismo estrutural e institucional. É a Marcha das 6,2 milhões de pessoas que compõem o déficit habitacional no Brasil, onde as mulheres representam mais de 60%, das pessoas que vivem a precarização habitacional”, pontua a doutora em Serviço Social e pesquisadora em Política de Desenvolvimento Urbano.

Gorete, que é uma mulher negra e paraense, acompanha a construção da cúpula desde o início e reforça ainda que “a Marcha da ‘mulheridade’ que, apesar de estarem nas frentes de todas as lutas por garantia do direito à vida, são invisibilizadas, caladas e espoliadas de todas as formas. A Marcha dos povos, é a marcha da denúncia da necropolítica implementada pelo Estado que, atua para a reprodução do capital e manutenção do status quo burguês”, finaliza.

Serviço

Marcha “Palestina Livre do Rio ao Mar. Fora Imperialismo!”

16 de novembro de 2024 (sábado)

Concentração a partir das 8h no Posto 6 – Copacabana – Rio de Janeiro

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