O SOS Corpo integrou a mesa do painel “Nossos países e os feminismos em defesa da democracia”, ao lado de organizações feministas da Argentina e do Paraguai.
| Texto: Fran Ribeiro | Fotos: Analba Brazão |
Nos dias 14 e 15 de setembro, o SOS Corpo participou do XVII Encontro de Mulheres Ativistas e Lideranças da Sociedade Civil, ocorrido na cidade de Asunción, no Paraguai, e organizado pelo Centro de Documentacion Y Estudios – CDE, organização feminista parceira do SOS Corpo.
O Encontro reuniu 129 mulheres de diversos coletivos, movimentos feministas e organizações da sociedade civil, que discutiram os impactos que o atual contexto político tanto no Paraguai, como em outros países da região, como Argentina e Brasil, tem gerado consequências na luta em defesa dos direitos humanos e da democracia. Estiveram presentes mulheres do campo, das cidades, jovens, adultas, idosas, trabalhadoras domésticas, agricultoras, indígenas, cis e trans, ativistas e defensoras de direitos humanos.
No sábado, dia 14, Rivane Arantes, educadora e coordenadora colegiada do SOS Corpo, compôs a mesa do painel “Nossos países e os feminismos em defesa da democracia”, ao lado de Paola Balnes, do CISCSA – Ciudades Feministas (ARG) e Line Bareiro, do CDE (PAR). Rivane destacou na sua leitura da conjuntura política do Brasil, como o feminismo é uma força política que tem ampliado sua capacidade de luta nos últimos anos, mesmo com todos os ataques anti feministas e anti direitos orquestrado pela extrema direita.
O Encontro foi finalizado no domingo, dia 15, com a certeza que precisamos construir mais espaços de integração e a convergência feminista na região para cada vez mais, unificar nossas lutas. Para isso, foi lançado o Pronunciamento do XVII Encuentro, que defende: ¡Más feminismo es más y mejor democracia!
Construído a partir dos debates no Encontro, o pronunciamento lança uma convocatória a todas aquelas e aqueles que lutam pela democracia e defesa dos direitos humanos na região. Diz um trecho do pronunciamento:
“Apelamos para não nos cansarmos de lutar pelos nossos direitos e pelos nossos territórios, superarmos os medos, o cansaço, os ataques, e continuarmos a trabalhar em conjunto e a procurar a unidade, a continuarmos a apoiar-nos, a cuidarmos de nós e uns dos outros e a tornarmos as trincheiras mais amorosas. Continuar celebrando e valorizando a diversidade das mulheres, das organizações feministas, de toda a nossa sociedade”, diz trecho.
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