Inscrições para Simpósios Temáticos do 13º Fazendo Gênero vão até dia 20 de janeiro

Seminário Internacional acontece entre os dias 24 de julho à 02 de agosto de 2024 e o SOS Corpo, em articulação com organizações e Universidades do Brasil e Argentina, propõe Simpósio para aprofundar debate sobre futuros e desafios do ativismo feminista na América Latina

Foram prorrogadas até o próximo dia 20 de janeiro as inscrições para os Simpósios Temáticos da 13ª edição do Seminário Internacional Fazendo Gênero: Contra O Fim do Mundo – Antirracismo, Anticolonialismo, Justiça Climática, na Universidade Federal de Santa Catarina. As inscrições devem ser feitas exclusivamente no site do evento: https://www.fg2024.eventos.dype.com.br/inscricoes/capa

O SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia em articulação com Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN/BRA), junto com o CISCSA Ciudades Feministas (ARG), com o Centro de Estudios Avanzados da Facultad de Ciencias Sociales/Universidad Nacional de Córdoba (ARG), e da Red por el Reconocimiento del Trabajo Sexual (ARG), propuseram Simpósio para aprofundar debate sobre futuros e desafios do ativismo feminista nas regiões do sul da América Latina. 

Com o tema “Qual futuro para qual território? Debates e desafios do ativismo feminista dentro das cidades na região sul latino-americana”, o Simpósio propõe “aprofundar debates entre organizações feministas e ativistas que desenvolvem seu trabalho acadêmico, artístico e ativista dentro e fora da Universidade Pública”. A doutora em Serviço Social, educadora e pesquisadora do SOS Corpo, Mércia Alves, estará representando o Instituto. 

Leia abaixo a proposta do ST: 

Propomos aprofundar debates entre organizações feministas e ativistas que desenvolvem seu trabalho acadêmico, artístico e ativista dentro e fora da Universidade Pública. Na nossa perspectiva, a ação política feminista articula teoria e prática como interdependentes, com tensões e disputas, numa crítica radical constante dos atuais sistemas de exploração e dominação. O diálogo permanente é essencial para a aprendizagem entre e a partir de diferentes saberes, linguagens, perspectivas, territórios e temporalidades.

Nós que propomos este simpósio partilhamos uma trajetória que nos permite reafirmar a potência do diálogo entre e a partir de perspectivas diversas, situadas, interseccionais, analisando desigualdades sociais que prefiguram e constroem possibilidades de outras realidades, de futuros radicalmente feministas. Os Diálogos Interculturais, os Seminários Oficina Mulheres e Cidades: (In) Justiça Territorial, o Congresso Gênero e Sociedade, são alguns exemplos de instâncias em que tramamos lutas antirracistas, capitalistas, capacitistas, cissexistas, adultas, especistas, conservadoras estratégias em termos sexuais e punitivos, fascistas e ecocidas.

Como ativistas feministas, lésbicas, trabalhadoras negras ancoradas no sul da América Latina, temos interesse em debater como, através do ativismo feminista, enfrentamos os contextos de avanços conservadores, em meio às grandes cidades que nos violentam ao mesmo tempo que nos abrigam. Queremos discutir, a partir do presente, os futuros feministas que sonhamos habitar, a partir de uma base anticolonial e antifascista que construa ferramentas para adiar o fim do mundo como uma urgência política e ética para a humanidade.

Como se sustentam as margens de esperança em contextos em que o avanço conservador nos mantém numa posição constante de reação e defesa? Como sustentar a ternura como política feminista em processos de desapropriação e exagero da violência? Como existimos e resistimos, para além da sobrevivência, face à precariedade e ao planeamento da pobreza? Como construímos relações mais democráticas quando mesmo entre feministas elas muitas vezes se tornam hierárquicas, se não autoritárias? Como imaginamos a ligação entre a construção política feminista que demonstrou potencial transformador, com as transformações sociais radicais de que necessitamos?

Estas são algumas questões que, longe de fecharem sentidos, pretendem convidar à reflexão e impulsionar debates entre ativistas, artistas, artivistas, estudantes e outros que se sentem chamados a habitar este espaço-tempo de sentir-pensar comum a partir dos seus diferentes espaços coletivos.

Paola Blanes – CISCSA (ARG)

Verônica Ferreira – UFRN (BRA)

Luciana Almada – UNC/RRTT (ARG)

Mércia Alves – SOS Corpo (BRA)

Para mais informações acesse: https://www.fg2024.eventos.dype.com.br/site/capa

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