O Baile da Viração do SOS Corpo acontece na quinta-feira, 14 de dezembro, a partir das 16h e tem uma programação que inclui feira de livros, lançamentos e muita música!
A partir das 16h do dia 14 de dezembro, a sede do SOS Corpo estará aberta ao público para nossa atividade de encerramento de 2023. O Baile da VirAção vai ter na programação Feira de Livros, Feira das Mulheres Pretas, lançamento dos livros das Edições SOS Corpo em 2023, samba e coco de roda com Amanda Ganimo e Poli Forte, e intervenção poética com Adelaide. Leia abaixo para saber mais detalhes da programação!
Feira de Livros e Feira das Mulheres Pretas
O que abre as portas do Baile da VirAção são duas feiras: a Feira de Livros do SOS Corpo e a Feira das Mulheres Pretas. A clássica Feira de Livros do SOS Corpo estará disponível, a partir das 16h, no hall de entrada do Instituto. Ela é composta por títulos tirados diretamente da biblioteca de referência da instituição e conta, principalmente, com títulos que versam sobre teoria feminista, a questão racial e teoria marxista.
O objetivo da Feira de Livros é compartilhar informação, conhecimento e as fontes que referenciam o trabalho de pesquisa do SOS Corpo, pois isso a contribuição é voluntária. Teremos caixinhas ao lado dos livros para o depósito da contribuição, por isso orientamos que as pessoas interessadas em adquirir as publicações tragam dinheiro em espécie e suas ecobags para levar seus exemplares!
Também contaremos mais uma vez com a presença da Feira das Mulheres Pretas, coletivo de afroempreendedoras criado em 2018 a partir do Encontro Estadual de Mulheres Negras de Pernambuco. Entre os produtos da Feira estão artes gráficas, cosméticos artesanais, jóias de pratas e bijuterias e mais artigos de moda de luta. Estará montada bem na entrada da instituição, já preparada para encher os olhos de quem chega!
Não dá pra perder a oportunidade de comprar uns presentinhos de Natal para a família e amigues, nem de começar o ano que vem mais sabidas com novas leituras. Esperamos por vocês!
Lançamento de publicações das Edições SOS Corpo
Às 18h30 vamos contar com a presença de pesquisadoras e educadoras do SOS Corpo, que lançaram ao longo do ano publicações sobre temas-causas que movem os trabalhos do Instituto. Trabalho remunerado e a luta das trabalhadoras domésticas pela garantia de direitos; mortalidade materna e o racismo na saúde;, e a situação das políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres na cidade do Recife, em especial na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, são algumas dessas temáticas.
No livro Trabalhadoras Domésticas: Conflitos na Luta por Direitos no Brasil, Rivane Arantes, educadora e pesquisadora do SOS Corpo, analisa os conflitos decorrentes da equiparação de direitos das trabalhadoras domésticas no contexto da crise política no Brasil entre 2013 e 2016, a partir da perspectiva das próprias trabalhadoras domésticas. O trabalho investigativo examinou as reações da sociedade, especialmente de empregadores/as, bem como do Estado, abordando principalmente as impressões das trabalhadoras domésticas que atuaram no Congresso Nacional durante a tramitação das medidas de equiparação formal dos direitos. O estudo analisa como a equiparação de direitos das trabalhadoras domésticas desencadeou tensões, especialmente relacionadas a questões de classe, raça e gênero.
Talita Rodrigues, pesquisadora do Instituto, publicou o trabalho resultante de sua dissertação de mestrado em saúde coletiva, na Fiocruz. O livro Gestar, Parir, Morrer: Mulheres Negras, Morte Materna e o Racismo na Saúde é uma investigação profunda sobre a mortalidade materna em Pernambuco, Brasil, com foco nas desigualdades raciais e no impacto do racismo na saúde pública. A obra analisa a Razão de Mortalidade Materna (RMM) como um indicador crucial da qualidade de vida e saúde das mulheres, evidenciando as disparidades influenciadas por fatores como classe, raça e território. Ela destaca o aumento acentuado da mortalidade materna no contexto da pandemia da COVID-19, trazendo à tona graves problemas de saúde pública e desigualdades existentes entre as regiões brasileiras. Além disso, o livro aborda a maior prevalência de mortes maternas entre mulheres negras em comparação com mulheres brancas, refletindo o impacto duradouro e profundo do racismo no sistema de saúde brasileiro.
A publicação Violência Contra as Mulheres: (Re)produção de desigualdade nas políticas públicas, da pesquisadora Natália Cordeiro, oferece um retrato da aplicação das políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres na cidade do Recife, em especial na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher. O livro traz uma profunda reflexão sobre o racismo e o classismo que, por serem elementos estruturantes de nossa sociedade, orientam as relações entre servidores e usuárias. Ao relacionar os conceitos de interseccionalidade e burocracia de nível de rua com a história das políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher, a autora reflete sobre como essas desigualdades estruturais da sociedade em que vivemos se refletem na implementação das políticas e quais são as consequências disso para a vida concreta das mulheres.
O lançamento conta com um papo com as autoras, que apresentarão alguns pontos de suas pesquisas, com mediação de Daniela Rodrigues, assistente social e educadora do SOS Corpo.
Samba, suor e cerveja para celebrar e bailar!
A partir das 19h30 no palco do nosso quintal da resistência, vamos receber artistas da cidade para celebrar o fim de um ano de muita luta. O Baile da Viração será comandado por Analba Brazão, educadora do Instituto. Música, poesia, samba e coco de roda vão esquentar a noite.
Para abrir os trabalhos, a poesia de Adelaide mais uma vez vai ecoar na nossa sede. Ela é autora de versos que todo mundo precisa ouvir. Do Vasco da Gama, passando pelo Alto do Pereirinha, essa poeta e MC produz um trabalho atravessado pela vivência de uma jovem preta moradora da Zona Norte do Recife. Além de artista, é uma das principais articuladoras do movimento Boca no Trombone, que promove inclusão social por meio da arte realizando batalhas de poesia e de rima para jovens de Água Fria e adjacências.
Para seguir na fruição, Amanda Ganimo vai apresentar o mais democrático dos gêneros musicais, o samba! Amanda é uma artista negra pernambucana, cujo estilo principal é a música popular brasileira. Ela incorpora o samba de forma destacada em suas apresentações, utilizando-o como uma expressão de resistência dentro da cultura afro-brasileira. Além de sua habilidade como cantora, também é percussionista e compositora, com suas músicas disponíveis em diversas plataformas de streaming.
Junto a ela vamos receber pela primeira vez no Instituto, Poli Forte. Poli é cantora, compositora, percussionista e produtora cultural. Varzeana, a artista mistura ritmos populares afro-brasileiros, trazendo referências do coco de roda, ijexá, samba, forró e frevo em suas produções. Lançou recentemente nas principais plataformas de streaming duas de suas composições, as músicas “Pras Mestras” e “Pra Você”. Já dá pra perceber que essa mistura vai fazer a noite render muita alegria e música!
Vamos ter comes e bebes então não se esqueçam: tragam as amizades, a família, a boyzinha, boyzinho e quem mais tu quiser! Só vem comemorar com a gente!