Inscrições abertas para o Curso Caleidoscópio: Por que fazer Comunicação Popular Feminista?

Estão abertas as inscrições para o curso Caleidoscópio “Por que fazer comunicação popular feminista?”, com objetivo de refletir as teorias e práticas da comunicação popular sob uma perspectiva feminista. A atividade educativa acontecerá em Recife, nos dias 19 e 20 de outubro, com 40 vagas disponíveis para o público de maneira gratuita. 

Este é o primeiro curso do Instituto com metodologia de intercâmbio de experiências na área da comunicação. Convidamos comunicadoras de diversos movimentos e organizações sociais para fazerem contribuições e provocarem o debate, entre elas Marcha das Margaridas, Marcha das Mulheres Negras, Articulação Nacional de Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Blogueiras Negras, Blogueiras Feministas e Núcleo Piratininga de Comunicação.

Pretendemos explorar as tensões que permeiam o fazer da comunicação popular num contexto de virtualização da vida e do uso de estratégias antiéticas, de viés desinformativo com objetivo de atentar contra a democracia e contra os direitos das mulheres e pessoas dissidentes. Diante deste contexto, a comunicação popular feminista é uma trincheira, mas também um caminho para produzir contra-narrativas que desafiam a história e os poderes estabelecidos pelas estruturas capitalistas, racistas e patriarcais.

Para isso, queremos refletir coletivamente sobre quais os impactos da hegemonia digital na nossa forma de fazer comunicação? Quais estratégias de comunicação não digitais ainda são usadas pelos movimentos e pelas mulheres? Como as feministas se relacionam com os meios de comunicação, se apropriando dele, mas também construindo outras dinâmicas de diálogo? Qual o espaço do popular na comunicação feminista que está sendo construída hoje? Pensar uma comunicação popular feminista é pensar uma comunicação cada vez mais coletiva? A partir de perguntas e provocações como essas, queremos dialogar rumando à construção de um pensamento sobre o que é Comunicação Popular Feminista.

As vagas são destinadas ao público de militantes e comunicadories feministas, ativistas dos direitos das mulheres, pessoas trans e não-bináries e de territórios ameaçados. Incentivamos mulheres, transmasculines e não-bináries de movimentos ou coletivos de comunicação popular do interior do estado de Pernambuco a se inscreverem no curso, pois SOS Corpo arcará com os custos de transporte e hospedagem para participação de cinco pessoas do interior e poderá haver disponibilidade de hospedagem solidária para quem puder arcar com as despesas de transporte. 

Como esta atividade formativa tem vagas limitadas e está restrita ao público de Pernambuco, será realizada na primeira noite, uma conferência aberta ao público e com transmissão online sobre as inovações que estão acontecendo no campo das tecnologias da informação, qual leitura dos impactos político-econômicos e como influenciam nossa forma de fazer luta. 

O curso e conferência será conduzido pelas educomunicadoras do SOS Corpo, Fran Ribeiro e Déborah Guaraná. O nosso programa de formação feminista conta com apoio da Heinrich-Böll-Stiftung, Fundação Oak e Pão Para o Mundo. 

Cronograma:

Inscrições: De 18 a 29 de setembro.
Divulgação da seleção: até 04 de outubro.
Realização do curso: 19 e 20 de outubro.
Haverá apoio de transporte, hospedagem e alimentação para participação de 5 pessoas de movimentos ou coletivos de comunicação popular do interior do estado de Pernambuco. 

Programação:

19 de outubro das 9h às 18h
Caleidoscópio de experiências
O que é comunicação popular?

19 de outubro das 19h às 22h

Conferência aberta ao público
Como as mudanças no campo da comunicação impactam nossa forma de fazer lutas?

20 de outubro das 9h às 18h

Sustentabilidade da comunicação popular
Comunicação popular em movimentos nacionais e articulações
Cobertura colaborativa em grandes mobilizações
Comunicação popular no contexto digital
Educomunicação e formação na ação

Movimentos feministas e comunicação popular

20 de outubro das 19h às 22h

Noite de resistência cultural

Inscrições: 

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