Em luta pela defesa dos direitos das costureiras e contra a precarização do trabalho das mulheres
As costureiras compõem a classe trabalhadora mais expressiva da indústria de confecções e da moda, setores que geram enriquecimento e desenvolvimento para o país. Essas mulheres trabalham para cobrir nossos corpos enquanto seus corpos são explorados na fabricação das riquezas e seus símbolos.
As mulheres costureiras pernambucanas conformam um Pólo Industrial, mas trabalham isoladas, porque a fábrica foi invadindo suas casas, suas rotinas e deixando-as à mercê do poder dos empresários.
O tempo de vida dessas mulheres é roubado por esses homens que se apropriam e lucram com várias horas em que as mulheres ficam debruçadas sobre máquina de costura, adoecendo física e psicologicamente, pressionadas por contratos que pagam pouco, informal e precarizado, sem nenhuma garantia de direitos trabalhistas.
A ausência do Estado agrava a condição de precariedade da vida dessas mulheres, visto que o acesso à saúde, desde o saneamento básico até o atendimento médico especializado, é inexistente. Elas também estão ameaçadas pelo descaso do governo, prefeituras e legisladoras em relação às mudanças nas condições sócio-ambientais que afetam seu trabalho e suas vidas.
Hoje, dia das costureiras, é preciso expor e denunciar as violências sociais a que essas trabalhadoras estão expostas. Questionamos que Democracia é essa em que as mulheres são submetidas a tanta precarização? Seguimos lutando pelos direitos das costureiras e contra a precarização do trabalho das mulheres!
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