Digo às companheiras que aqui estão será exibido no Auditório do Museu Aljube – Resistência e Liberdade, na cidade de Lisboa/POR no próximo dia 20 de janeiro, às 18h.
O documentário Digo às companheiras que aqui estão (34min), produzido por SOS Corpo – Instituto Feminista para Democracia e Parabelo Filmes, apresenta a história de Lenira Carvalho, importante liderança na luta pelos direitos das trabalhadoras domésticas no Brasil.
Lenira iniciou a luta pelos direitos trabalhistas da categoria ainda no início da década de 1960. Durante os anos da ditadura militar brasileira e no processo de democratização do país, atuou na Juventude Operária Católica (JOC), junto a Dom Helder Câmara e outras lideranças populares ligadas à Teologia da Libertação. Na década de 1970, fundou com outras trabalhadoras a Associação das Trabalhadoras Domésticas do Recife que, após o reconhecimento do trabalho doméstico como categoria profissional na Constituinte de 1988, se tornaria o Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Pernambuco. Na década de 1980, atuou também com outros grupos de mulheres e feministas na cidade do Recife, sendo uma das fundadoras do Fórum de Mulheres de Pernambuco. O documentário entrevista Lenira em sua casa e, através dos seus relatos e imagens de arquivo, explora uma série de reflexões sobre a formação social do Brasil.
No dia 20 de janeiro, pelas 18 horas, o Museu do Aljube recebe uma sessão do filme seguida de um debate com os realizadores Sophia Branco e Luís Henrique Leal, mediado pela jornalista Larissa da Silva.
DIGO ÁS COMPANHEIRAS QUE AQUI ESTÃO
Brasil, 2022, 34 min
Direção: Sophia Branco e Luís Henrique Leal
Produção: Parabelo Filmes e SOS Corpo
Sinopse
Lenira Carvalho narra sua trajetória na organização da luta das trabalhadoras domésticas no Brasil. Uma história pessoal que se entrelaça com a luta por direitos e pela democracia nas últimas seis décadas no país.