Lançado nesta quinta-feira, 3 de março, o pronunciamento do Grupo de Trabalho CLACSO Feminismos, Resistências e Emancipação, rechaça à invasão/guerra na Ucrânia por quaisquer que sejam as suas motivações, denuncia o caráter destruidor do paroxismo patriarcal e clama pelo cessar fogo e pela paz. Leia abaixo o pronunciamento traduzido para o português e a versão publicada em espanhol.
Como feministas latino-americanas, pesquisadoras integrantes do Grupo de Trabalho CLACSO Feminismos, Resistências e Emancipação, manifestamos nosso repúdio à invasão/guerra na Ucrânia, qualquer que seja a sua qualificação e motivações, da mesma forma que condenamos todas as guerras, declaradas ou não, em qualquer parte do nosso planeta.
Nosso compromisso enquanto feministas está com a paz e a vida.
A guerra é apenas morte e violência, pobreza e dor, destruição e pranto. A guerra agrava a desigualdade das mulheres, faz retroceder direitos e leva à violência sexual. A guerra rouba o futuro de meninas, meninos e jovens. Morrem aqueles que estão no conflito armado e aqueles que só podem se esconder e correr. A fertilidade dos campos desaparece, as cidades se transformam em escombros. Fome, frio, caravanas de pessoas fugindo, abrigos lotados, separações, desenham o cotidiano das guerras. Nas comunidades e cidades, acumulam-se feridas incapacitantes que dificilmente podem ser tratadas, hospitais sitiados, centros educacionais destruídos.
Os recursos e a energia humana se concentram nas armas e na morte. A guerra, em suma, é o paroxismo do patriarcado cego e destrutivo.
Nosso grito é por paz, por diálogo e pelo cessar dos conflitos.
Pedimos aos líderes mundiais e regionais que ajam com responsabilidade pela vida dos povos que sofrem. Chega de morte, para a vida e com a vida!
3 de março de 2022
Grupos de Trabalho CLACSO
Feminismos, Resistências e Emancipação.
Esta declaração expressa a posição do Grupo de Trabalho Feminismo, Resistência e Emancipação e não necessariamente a dos centros e instituições que compõem a rede internacional de CLACSO, seu Comitê Gestor ou sua Secretaria Executiva.
LEIA A DECLARAÇÃO NO IDIOMA ORIGINAL:
Declaraciones y comunicados
Pronunciamiento No a la guerra!
Como feministas latinoamericanas, investigadoras integrantes del Grupo de Trabajo CLACSO Feminismos, resistencias y emancipación, manifestamos nuestro rechazo a la invasión/guerra en Ucrania, cualquiera sea su calificación y motivaciones, igual que condenamos todas las guerras, declaradas o no, en cualquier parte de nuestro planeta.
Nuestro compromiso como feministas está con la paz y la vida.
La guerra sólo es muerte y violencia, pobreza y dolor, destrucción y llanto. La guerra agrava la desigualdad de las mujeres, hace retroceder derechos y conlleva violencia sexual. La guerra roba el futuro de niñas, niños y jóvenes. Mueren quienes están en los enfrentamientos y quienes sólo pueden esconderse y huir. Desaparece la fertilidad de los campos, las ciudades se transforman en escombros. Hambre, frío, caravanas de personas huyendo, refugios atestados, separaciones, dibujan la cotidianeidad de las guerras. En las comunidades y pueblos se acumulan heridas discapacitantes que apenas pueden atenderse, hospitales asediados, centros de educación destruidos.
Los recursos y la energía humana se concentran en las armas y en la muerte. La guerra, en fin, es el paroxismo del patriarcado ciego y destructor.
Nuestro grito es por la paz, por el diálogo y el cese de los enfrentamientos.
Pedimos a los liderazgos mundiales y regionales que actúen con responsabilidad por la vida de los pueblos que sufren. No más muerte, ¡por la vida y con la vida!
3 de marzo de 2022
Grupos de Trabajo CLACSO
Feminismos, resistencias y emancipación
Este pronunciamiento expresa la posición del Grupo de Trabajo Feminismos, resistencias y emancipación y no necesariamente la de los centros e instituciones que componen la red internacional de CLACSO, su Comité Directivo o su Secretaría Ejecutiva.