Fonte: Fórum de Mulheres de Pernambuco
Dia 02 de junho (próxima quarta-feira) completará um ano que Sarí Corte Real abandonou o filho de Mirtes Renata Souza, o menino Miguel, tornando-se responsável por sua morte.
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Miguel acompanhava a mãe no trabalho porque durante aquele início de pandemia não havia creche, não havia escola. Sarí Corte Real estava fazendo as unhas, mas Mirtes nunca teve o direito de parar de trabalhar. Enquanto Mirtes passeava com seu cachorro, Sarí Corte Real foi filmada apertando o botão da cobertura do edifício com Miguel, que tinha ficado sob seus cuidados, dentro do elevador, sozinho. Abandonada, assustada, desumanizada pela patroa da mãe, caiu do nono andar do edifício.
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A trajetória de Miguel, uma criança de apenas cinco anos, foi interrompida há um ano.
Mesmo depois de todo esse tempo, a justiça ainda não foi feita.
Em uma estrutura racista, que desumaniza crianças negras, a branquitude segue impune.
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Nós perguntamos: e se fosse o contrário? Se Mirtes tivesse abandonado a filha da patroa, ela ainda estaria aqui para contar sua história?
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Segunda-feira, dia 31 de maio será transmitida a live “SARÍ E A CORTE REAL QUE DESUMANIZA CRIANÇAS NEGRAS”. A live é parte do evento Semana Internacional Menino Miguel: Justiça Pela Vida das Crianças Negras, de 30 de maio a 5 de junho.
A live será articulada pelo Fórum de Mulheres de Pernambuco, mediada por Bárbara Pereira, e contará com a participação de Mirtes Renata, Luiza Batista, Priscilla Rocha e Luisa Lins. A transmissão acontecerá pelo YouTube da AMB (link na bio), às 20h.
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@mirtesrenata
@articulacaonegrape
@amb_feminista
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