Os atos do “13 de maio de lutas” são realizados por organizações que compõem a Coalizão Negra Por Direitos e entidades parceiras.

O Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, nesta quinta-feira, 13 de maio, é marcado por uma série de manifestações promovidas pela Coalizão Negra Por Direitos. O objetivo do movimento é exigir justiça para as vítimas da Chacina do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e de todas as operações policiais que resultaram em mortes nas favelas e comunidades do Brasil. Os atos também reivindicam auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia do coronavírus, direito da população negra à vacina contra a Covid-19 pelo SUS e o “Fora Bolsonaro”.

“Nem bala, nem fome, nem Covid.
O povo negro quer viver!”

“Nós estamos aqui na Avenida Paulista primeiro porque o isolamento nunca foi possível para a população negra. As pessoas negras tiveram de sair de suas casas para trabalhar para levar seus filhos nas escolas, porque o Estado nunca proporcionou uma condição real de isolamento aos mais pobres, negros e aos mais vulneráveis. Não bastasse a realidade que a Covid tem imposto à nós, temos que enfrentar um cenário de extermínio de massacre contra nossa população que tem sido extinguida da forma mais brutal. Foi assim em Jacarezinho, foi em Belford Roxo, em todos os lugares da periferia do nosso país o novo povo tem sido vítima de um genocídio brutal. Então pra reafirmar o óbvio, que nossas vidas importam e que o povo negro permanece na resistência, em pé e na luta, nos viemos para a rua para dizer “Parem de nos matar!” Nem de bala, nem de fome, nem de Covid! O povo negro quer viver!”

ERIKA HILTON, mulher negra, trans, militante, vereadora (PSOL) e presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de SP.