Como podemos admitir que hoje fundamentalistas associados inclusive ao narcotráfico possam impedir que uma pessoa de candomblé não vista roupa branca na sexta-feira? Que possa impedir que estejamos dentro de uma comunidade ou um bairro? Pois é isso que nós, mulheres e homens de terreiro vivemos em desvantagem no Brasil! As mulheres negras são as mais atingidas pelo fundamentalismo, manifestado através do racismo e suas ferramentas estruturantes para a manutenção dos privilégios brancos. Vera Baroni, fundadora da Rede de Mulheres de Terreiro de Pernambuco e integrante da AMNB, explica como o fundamentalismo se transformou numa política que impacta a fé, a memória e a matriz identitária da cultura negra brasileira.
