O trabalho doméstico é o trabalho que sustenta o mundo

Para encerrar o ciclo de debates Diálogos Impertinentes, atividade do SOS Corpo que estreou no mês de outubro de 2020 discutindo o Trabalho Doméstico no Brasil, no último dia 28 tivemos as participações de Luiza Batista, presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas – FENATRA, e Rivane Arantes, pesquisadora do SOS Corpo e militante feminista do Fórum de Mulheres de Pernambuco /AMB e da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco.

As convidadas dialogaram sobre os entraves à garantida de cidadania às trabalhadoras domésticas e os direitos conquistas com muita luta da categoria com apoio e da articulação com o movimento feminista e outros movimentos sociais, como o movimento negro e sindical.

Uma das principais conquistas das trabalhadoras domésticas, a Emenda Constitucional 72, que só foi regulamentada com a Lei Complementar 150, em 2015, após décadas de mobilização das trabalhadoras domésticas e de organização sindical. Contudo, a regulamentação é sucedida de muita tensão política, especialmente por ter garantido o reconhecimento constitucional das trabalhadoras domésticas como sujeitos de direitos, o que provocou reações que culminaram no golpe contra a presidenta Dilma, mostrando como a elite inescrupulosa brasileira e o grande capital não queriam reconhecer os direitos desta que é a categoria que sustenta a vida cotidiana no país.

“Essa regulamentação se deu de uma maneira onde, quem é dirigente sindical, quem é dos movimentos sociais, já sentia que o Brasil estava para sofrer uma grande mudança, que foi justamente o golpe contra a presidenta Dilma. Se temos uma luta de 80 anos e hoje temos o que temos, foi justamente pela persistência e pela bravura de muitas mulheres que doaram suas vidas à luta”, lembrou Luiza Batista durante a sua participação.

Assista ao diálogo na íntegra no player acima!

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