“Imagina viver sem água? Nas torneiras de nossas casas só chega água uma vez por semana, e nem completa 24 horas. Como podemos cozinhar, cuidar da nossa casa, da nossa família, da saúde, sem água?”, conta Ediclea Santos, uma das lideranças de Passarinho. Essa é uma das reivindicações que está na carta política do Ocupe Passarinho Ano IV. Além disso, outras prioridades tem destaque, como a falta de médicos e medicamentos no posto de saúde. O evento acontece neste sábado (07), a partir das 9h da manhã, em Passarinho, Zona Norte de Recife.
Mais 200 famílias passaram a viver na comunidade de Passarinho este ano, e estão descobertas dos direitos básicos, como saúde, educação e moradia. “A comunidade continua invisível para o poder público, mas estamos aqui para mostrar que somos organizadas. A falta de políticas públicas é nosso principal problema, e em todos os campos”, completou Ediclea, que mobiliza mulheres na comunidade. A carta política também aponta denúncias a partir do direito à cidade, como a falta de saneamento, do transporte público, a falta de creches e de lazer, a mata que está totalmente desmatada e a insegurança que é latente na comunidade.
A programação conta com diversas atividades que serão realizadas a partir das 9h nos espaços da sede do Grupo Espaço Mulher e na praça do antigo terminal do micro-ônibus de Passarinho. Beleza negra, corte de cabelo, design de sobrancelhas, oficinas, contação de histórias para as crianças, feira de artesanato e agroecológica, serão realizadas pela manhã. A partir das 15h, haverá apresentações culturais, bingo e batucada feminista.
A ação conta com o apoio de organizações e movimentos sociais como a Casa da Mulher do Nordeste, Fórum de Mulheres de Pernambuco, a Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, Núcleo Jurema – UFRPE, NEPPAG – UFPE, Fase, Movimenta Cineclubes e Org. Popular, Bora, e apoio da OAK Foundation.